sábado, 31 de maio de 2014

4 kg

Ai vida... pela balança do médico ganhei 4 kg num mês. Num mês!!! ai, ai...
(eu bem que me sentia meio baleia e rebolava um bocado ao sair da cama mas...)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A "vida perdida"

O que fazer quando perdemos a nossa vida numa mala? O que fazemos quando nessa mala está toda a nossa identidade: chaves de casa e carro, comando de garagem, carteira com todo o tipo de documentos (cartão de cidadão, carta de condução, cartões do banco, etc etc, ), telemóveis com fotos e vídeos... TUDO.
O que sentimos enquanto vamos ao local da mala perdida e (obviamente) não está lá nada? O que sentimos quando estamos na polícia a dar parte da nossa "vida perdida"? O que sentimos enquanto telefonamos para o banco a cancelar cartões? O que sentimos quando de repente pensamos que a nossa identidade pode literalmente ser roubada e usada por alguém com intenções menos boas?
Pânico meu caros. Medo. O corpo a gelar. Vemos a nossa vida a andar para trás. Pensamos "Nãooooooo... se eu ao menos tivesse parado para confirmar se tinha tudo comigo..."
Quem tem uma mala tem tudo - e quem tem tudo, tudo pode perder, porque qualquer um pode aceder a tudo na nossa vida. Não me lembro de um dia tão pavoroso como este domingo...
 
Mas... também não me lembro de uma tão grande sensação de alívio quando o nosso antigo vizinho nos telefona passadas umas (extenuantes) horas :D Parece que um senhor passou pelo antigo prédio (morada ainda antiga em alguns documentos) e teve a gentileza (humanidade, solidariedade, honestidade? essas coisas todas também serviam) de ir lá entregar a mala - que não entregou ao meu vizinho por ter medo e por achar que com ele (o próprio) as coisas estavam mais seguras. Eu que achava que já não se fazem pessoas destas... afinal estava errada!! E ainda bem! Só me apetecia dar um beijo ao homem e gritar: salvaste-me a vida!!!
 
Depois deste final feliz (ou quase, o meu telemóvel cheio de contactos, fotos e vídeos - que não tinha arquivado - foi mesmo roubado)... e para tornar o fim de semana mais saboroso... no final do dia percebi que tinha um prego gigante espetado numa roda do meu carro...
 
Há dias...

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Era uma vez uma chucha

Era uma vez um menino de 3 anos, quase, quase 4, que gostava muito da sua chucha. Não conhecia outra coisa desde que nascera, e o afeto e dependência sobre tal objeto eram verdadeiramente ternurentos. Com o tempo, e também porque via os meninos da sua turma a desprenderem-se das suas chuchas, o menino começou a abdicar da sua "amada" durante as brincadeiras; depois durante as brincadeiras e as sestas; depois durante o dia quase inteiro. Na escola.
Mas em casa o apego continuava mais "apegado". Não a dispensava nas sestas, na sua cama querida, e muito menos à noite, onde nem era preciso dizer que mimo = chucha + colo + beijinhos + histórias (por aí e sem ser por esta ordem).

Um dia os pais do menino descobriram a existência, algures por aí neste mundo, de uma "fada das chuchas". Até então desconheciam tal ser, mas uma amiga confidenciou-lhes que esta existia e que em troca das chuchas das crianças, dava prendas escolhidas por elas. O sucesso da fada era garantido.
A mãe pôs o menino a par disso. Inicialmente a fada não o convenceu. Por muita conversa que lhe desse, ele não gostava dessas fadas, aliás, nem existiam na opinião dele e não a queria na casa dele. A mãe não insistiu, mas passados uns dias voltou a mencioná-la e desta vez o rapaz não pareceu tão avesso à ideia da fada - especialmente quando questionado sobre que presente gostaria que a fada lhe trouxesse. A lista de presentes nunca era consistente e a mãe voltou a não insistir. Tinha de perceber qual o presente que ele queria MESMO. E um dia ele deu-lhe a resposta mágica: "quero o boneco do tree fu tom, era mesmo o que eu queria". Ela nem queria acreditar - esse era o boneco que ela já havia comprado (aproveitando uma bela promoção) e que estava há meses guardado, à espera do aniversário do menino. E desta vez a resposta era consistente passados 2 dias. Aí ela montou a sua estratégia de ataque e conquista, e prometeu que se ele quisesse mesmo o boneco, ela falaria com a fada. Mas já sabia: a prenda só era dada quando os meninos entregavam as suas chuchas à fada, para ela as reciclar e dar novas chuchinhas aos bebés. Era uma decisão muito importante. E dado que o menino já só tinha uma chucha (e a ficar cada vez mais estragada, segundo a mãe) tinha mesmo de pensar bem, porque uma vez entregue não haveria mais tal objeto nas sestas, nem à noite. Não dava para voltar atrás. O menino tinha de ter mesmo a certeza.

Uns dias depois, a mãe perguntou ao filho se ele sempre queria dar a chucha à fada. Ele respondeu que sim. Mas ela tinha algum receio que ele não entendesse bem a seriedade da coisa e no fundo, temia a tristeza e choro do petiz quando este se apercebesse que depois já não haveria volta a dar. No entanto, avançou e nessa noite os pais foram com o menino à janela da cozinha e deixaram-na do lado de fora, para que a fada a pudesse ir buscar durante a noite. Segundo a "lenda", no dia seguinte de manhã, lá estaria a prenda desejada e a chuchinha levada.

Logo depois o menino foi-se deitar, e mesmo afirmando categoricamente a toda a hora que não tinha sono, nunca pediu a chucha. Demorou muito a adormecer. Sem a sua ajuda extra e emocional para relaxar e se deixar amolecer, o colo foi mais agitado, a conversa não parava e o processo de adormecer foi mais complicado. Mas adormeceu e nunca acordou durante a noite a pedir a sua chucha perdida (que era o que os pais temiam que acontecesse).

Nesse momento a sua mãe compreendeu que ele tinha de facto interiorizado que a chucha não voltava, que era a última vez que a usava, e que a partir daí seria oficialmente um "crescido" (com direito a prenda e tudo). Nesse momento, a mãe, que andava tão absorvida a ajudar o filho a crescer e a ultrapassar um marco na sua vida (a chucha foi o objeto mais importante na vida dele, sem dúvida) percebeu que ele não era mais um bebé. O seu filhote lindo era já um rapazinho que entendia as consequência de um ato simples mas muito importante na sua vida. De repente, não iria mais tê-lo nos braços, com aquele barulho tão característico do movimento das chuchas, a amolecer, e portar-se ainda como um bébé aninhado ao colo. Daí em diante o deitar seria mais irrequieto, mais conversador, menos descansado, porque não havia aquele elemento pacificador, que amolecia quase instantaneamente o filho.

A mãe sempre conhecera o seu filho de chucha e quando, nessa noite, de repente o viu sem ela "para sempre", uma melancolia profunda abateu-se sobre ela. Tinha acabado. Tinha acabado uma Era. Uma Era muito doce. A Era do Bébé que ela sempre tinha adorado. Ele era, seria (e sempre será) "o seu bébé"; mas já não era "um bébé".

Parte do seu coração inchou de orgulho pela conquista e pelo passo independente do filho, mas a outra parte sangrou implacavelmente. De repente, instalou-se uma perda avassaladora. Aqueles momentos cheios de ternura em que olhava para ele, já crescido e vestido para ir para a escola, ainda a ver TV, de chucha, à espera que o chamassem para o carro, não se repetiriam mais. O colinho à noite "à bébé" não seria mais o mesmo. O ar incrivelmente fofinho que fazia com a chucha não se reproduziria mais. Reproduziriam-se outros igualmente fofos com certeza. Mas não aquele. E doeu. E a mãe chorou. Chorou a noite inteira. Sentiu-se espantada ao perceber que a tristeza que alguém sentiria pela perda da chucha não seria a dele. Para ele era apenas mais um passo, que no fundo andava a interiorizar há muito tempo e que naturalmente iria ultrapassar porque cada vez mais se sentia crescido, grande e a ceder o lugar aos verdadeiros bébés. Era uma questão de tempo.

A tristeza afinal era a da mãe. Ela com a perda da chucha tinha perdido muito mais do que ele. (embora soubesse que não era bem uma perda: era mais uma transformação, o desenvolvimento.)

No dia seguinte de manhã, o menino lá descobriu na janela da cozinha, do lado de fora, o seu desejado boneco. O êxtase na sua carita foi impagável. Estava tão contente e orgulhoso. A fada tinha cumprido a sua promessa. E ele cumpriria a sua.

E no dia seguinte, os novos vizinhos do menino (uns 5 miúdos muito giros e despachados dos 3 aos 10 anos) foram chamá-lo para brincar com eles na rua. O sorriso do menino ao ir com eles, a correria, as brincadeiras, o ar de rapaz independente fez mais um sorriso na mãe ainda melancólica.

Uma nova fase na vida do filho estava em marcha.

terça-feira, 13 de maio de 2014

O melhor do meu dia!

Já mexe!! Aliás: já sinto mexer, porque mexer já ele mexe há muito tempo que eu bem vi nas ecos! Mas agora a realidade está mais palpável - tenho um alien (ai... um bonequinho 2) na barriga e ele está vivo e mexe-se bem! yeahhh!!

O que ler?

Não sei o que ler. E eu sem um livro para ler sou como um peixe fora de água. Preciso de um livro. O problema é que agora nada me agrada... Li O Apocalipse dos Trabalhadores do Valter Hugo Mãe e detestei (mas tinha adorado O Filho De Mil Homens). Li o clássico O Deus das Moscas do William Golding e não desgostei do clássico, mas também não adorei (achei que não desenvolvia muito a certa altura). Li o novíssimo Paixão Sem Limites da Abbi Glines e até gostei, mas era de leitura light e em 4 dias estava lido. Não vejo nada no mercado que me atraia por aí além... Já me falaram do Pedro Chagas Freitas mas temo que seja demasiado lamechas ou melodramático, não sei...

Ahhhhhhhhhhh não sei o que ler... bolas.

Um dia no Zoo

Alguns dos animais que vimos:
 









 
O meu "animal" preferido: :)
 
 
Resumo do dia:
Muito sol e vento. Muita animação. Alguma impaciência do bidu, que por vezes estava mais interessado em fazer macacadas do que ver os macacos propriamente ditos... Ah e o delírio a ver o mapa sempre que podia. Ah e mexer na máquina fotográfica do avô. Hamburgueres bons. Gelados. Brincadeira nos insufláveis. Muitos felinos (a maior parte a dormir à sombra por causa do calor). Muitos répteis (yak). Golfinhos rule!(os adultos ao rubro, o piqueno mais interessado no farol e no barco). O zoo "muito à frente", boas instalações e bons programas. Daqui a uns anos há mais :)

quinta-feira, 8 de maio de 2014

A casa "do campo"

Os bichos são agora meus amigos do peito (e que peito... esta 2ª gravidez está a ser algo assombrosa, qualquer dia sou copa 44 K!! - ver aqui coisas giras sobre como escolher o nosso tamanho adequado). Aranhas, bichos de conta, marias-café e caracóis são os meus melhores amigos e tenho "n" encontros imediatos diariamente. Agora tento não os matar - o M. aqui há dias viu-me a atirar um bicho de conta pelas escadas abaixo e ficou chocadíssimo a achar que eu o tinha morto - e lá vou de pá e vassoura na mão para os deitar no quintal, bem longe.
Os medos de ver o M. estatelar-se pelas escadas abaixo também já se vão desvanecendo à medida que o vejo aparecer cada vez mais no andar de cima (quando o tinha deixado em baixo na sala há minutos) e sem a minha ajuda. Repito-lhe 100 vezes para se agarrar ao corrimão, para subir e descer (principalmente descer) devagar com cuidado blá blá blá. E parece-me que tem resultado: ele é bastante autónomo e cuidadoso pela casa toda. Também já são quase 4 aninhos :)
Apesar de ainda haverem inúmeros caixotes espalhados pela casa e ainda não estar tudo composto, as pequenas e novas rotinas já se vão instalando. Uma delas é o M. se ter habituado a que o T. o vista primeiro no quarto antes de ir comer (comida essa que tem sempre de fazer também - se eu fizer a papa antes de ele descer há birra da grossa; adora mexer o seu amado Nestum).
Outra rotina que me tem custado um bocado é o caminho bem mais longo que percorro todos os dias para o ir deixar na escola e buscar. Tira-me tempo de manhã e tira-me o precioso tempo ao fim da tarde. Tudo é feito mais a correr.
A coisa boa é que o caminho percorrido tem muitas árvores à volta, muitas casinhas giras, e tem maior conversa com o M. sobre o seu dia na escola. E à ida há sempre algo fantasioso para comentar como por o exemplo o duende que ele viu no céu e que persegue o nosso carro. Claro que temos de usar o nosso escudo mágico e afastá-lo prontamente e mais uns pós de perlimpimpim não vá o duende fazer das suas. Há muitos feitiços sempre de manhã!
Lentamente o M. começa também a dormir menos nas sestas do fim de semana. Na creche umas vezes dorme, outras não. E em casa consigo sempre que durma, mas já não é tanto tempo (a não ser que tenha vindo de noitadas por causa desta maldita tosse alérgica que o persegue há 1 mês, mas quando é que acabam estes pólens e este tempo estranho??). Ou seja, quando há alguma coisa combinada para fazer logo depois da hora de almoço (festas de anos, uma ida ao jardim zoológico, e coisas assim) já não dorme a sesta.
Mas há coisas que não mudam e a rotina para dormir à noite é uma delas. Nada como uma bela história antes de dormir, seguida de um colinho bem apertado e cheio de mimos, seguido de estar ao pé dele a dar-lhe a mão e dar ainda mais mimos até ele estar molinho, quase a adormecer.
Acho que a casa ainda não é o nosso "lar", mas para lá caminha. Ainda há tanta coisa para fazer, tanta rotina para acertar, mas lá se vai caminhando. O caminho também é giro.
Aliás, é o mais giro, não é?