terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2014

Neste último e atarefado dia de 2013 venho por aqui desejar um Feliz Ano Novo de 2014!
Por aqui já se fazem doces, já se prepara a mesa, já se esperam os amigos e a energia dos mais novos.
Desejo a todos um ano excelente, sempre mais positivos, com o trio maravilha sempre em sintonia: amor, saúde, dinheiro (é esse o trio, não é?)
Mas mais do que isso espero que este próximo ano traga o melhor das pessoas, do país. Desejo a todos muita saúde (principalmente isso, o resto vem por acréscimo), muito amor, muita amizade, muita compaixão, muita alegria. Que tenhamos a habilidade de lidar o melhor possível com todos os desafios que a vida nos vai trazendo. Que tenhamos muitos momentos felizes!

beijinhos e até já

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A frase do dia

 “As mulheres gostam que lhe digam palavras de amor. 
O ponto G está nos ouvidos. Inútil procurá-lo em outro lugar.” 
― Isabel Allende

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Natal

(1982)

É de noite e estou à janela com os meus primos, a D. e o I.
A minha tia diz entusiasmada "Ali, está ali, viram?!", "Onde?!!" gritamos nós, "Aliiiii... Não viram?", "Não..." dizemos nós desapontados, a olhar para todos os lados. A minha tia ouve de novo o barulho dos sinos das renas "Ah estou a ouvir de novo, olhem! olhem! está a passar além!". Olhamos para o sítio apontado, mas o Pai Natal e as suas renas escapam-nos mais uma vez. Ele anda tão rápido, na sua pressa para distribuir os presentes todos, que nunca o conseguimos ver. Só a minha tia. E a minha mãe. Eu bem me esforço e estico o pescoço para tentar ver o céu escuro e estrelado para lá da janela, mas... nada. A excitação está ao rubro. Ele está quase a chegar e traz muitas prendas! Nem conseguimos acreditar que há um dia no ano em que um velhote simpático de barbas brancas nos traz os presentes todos que queremos (já mais velhinha, a começar a desconfiar da coisa, eu achava que este velhote era algum um amigo super rico do meu pai).
De repente o meu pai, o meu tio e os meus avós chamam: "Ahhhh Já está aqui! Já chegou!! Venham, está aqui com as prendas!!". Vou a correr, o coração acelerado, quero ver o Pai Natal finalmenteeeeeee, quero ver as prendaaaaassss! Mas, ai que ele já saiu agora mesmo pela porta, não o viste a sair?, estava com pressa, tem de ir entregar o resto das prendas aos outros meninos. A certa altura já não interessa. Estamos todos fascinados a olhar para a quantidade incrível de prendas à volta da árvore. E é o ataque! e é Natal! e somos miúdos e estamos a viver uma das épocas mais mágicas na vida das crianças.


(2013)

É de noite e o M. está à janela, na casa da minha mãe, com ela e com a D. (a minha prima e a madrinha dele). "Está ali viste?, "Onde, onde??" tenta ele ver com muita atenção, "Ali, ali!" dizem elas.
E enquanto prosseguem com a tentativa de descobrir, no céu escuro, o Pai Natal e as renas (dizem elas que até ouvem os sininhos das renas) os vários ajudantes do Pai Natal, lá em baixo, passam rapidamente as prendas todas da garagem para a sala. Uma Mãe Natal disfarça-se o melhor que pode em Pai Natal e espera não ser reconhecida. Depois toca um sino e diz alto "Ho!Ho!Ho!". Eu grito lá para cima "Venham! O Pai Natal já chegou e está a entregar as prendas! rápido venham!".
E o M. começa a descer de mão dada, e vê o Pai Natal!!

Momento super mega delicioso da noite: mal o vê lembra-se que os "crescidos" não andam por aí de chucha e muito menos em frente ao Pai Natal e saca rapidamente a chucha (que por acaso tinha na boca) e grita-me urgentemente "Mamã! Mamã! Guardaaaaa!"
ahahahahahahahahahahahahahahahahhhhhhhhhhhh

Desce mais uns degraus e olha atento, embasbacado para o Pai Natal que já está a sair e a dizer adeus porque a noite já vai longa e ainda tem de distribuir o resto das prendas pelos outros meninos. O M. ainda tenta espreitar para onde vai ele, mas já todos lhe chamamos atenção para as prendas. É um mar enorme de prendas grandes e pequenas, muita cor e alegria.
"Posso abrir esta prenda?" pergunta o M.
Sorrimos, essa não, essa não é para ti: "Olha abre antes aquela". E assim começa a verdadeira emoção do M. aos seus 3 anos (e quase meio) de idade. Depois de uma prenda aberta, de repente ele rasga o embrulho de outra prenda bastante grande. O embrulho é de um amarelo forte e quase que grita para ser aberto. E o barco... O famoso barco dos piratas, que foi tão, mas tão pedido, surge. (Tive de filmar o momento, aliás filmou-se tudo desde que ele começou a descer as escadas, para olhar para ele mais tarde.) Fiquei de coração quente... O M. quase dava saltos de excitação e gritinhos :) O meu docinho nem queria acreditar que o Pai Natal lhe tinha trazido o seu querido barco.
Claro que a partir daí já não queria ver mais prendas (Nota mental: dar a prenda favorita para último no próximo natal) e foi com esforço que olhou para outras coisas bem giras que recebeu. Mas adorou o peluche do Jake, os legos, o puzzle e outros mimos. Ah e adorou a espada que tanto pediu também (comprada no Chinês, o que prova que o mais caro não é o que as crianças mais gostam).
Eu adorei a roupa que lhe deram hehe (é sempre uma grande ajuda).

Pela primeira vez o M. gozou o Natal como deve ser gozado pelas crianças: a desejar que o Pai Natal chegue, a ter a/as prenda/as que pediu, a comer as guloseimas que quis, a deitar-se mais tarde (mas o João Pestana a teimar em chegar, muita esfregadela de olho...), rodeado da família.

Este meu Natal foi importante porque foi o 1º Natal em que o M. se apercebeu realmente do que era o "Natal" (para a sua tenra idade) e gozou o momento. E eu gozei o momento com ele. Gozámos todos acho. E estávamos quase todos. A família quase toda. Todos de boa saúde, todos com boa disposição.
Faltaram os meus avós que de certeza teria adorado ver o bisneto.

Obrigada, obrigada a todos por este Natal :) Fez-me recordar muitos bons momentos do passado (as parvoíces e risotas com os meus primos, os doces que a minha avó fazia e teimava em ter sempre na mesa), fez-me viver com emoção o presente, fez-me ter fé no futuro.

Feliz Natal!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A propósito de pesadelos...

... chega de manhã ao nosso quarto e diz, decidido, ao entrar na cama (por um bocadinho, como faz todas as manhãs): "mamã, hoje não dei a mão ao pandinha porque não tive sonhos maus!"
:)

O melhor do meu dia

(17 de dezembro de 2013)

- A surpresa boa de ter tido vários brinquedos num saco logo pela manhã (obrigada, obrigada!!) para dar à tal instituição que os distribuirá por crianças desfavorecidas agora no Natal.

- Deitar à noite o M. no nosso doce ritual de conversas, beijinhos e festas.

- Estar aninhada, à noite, no sofá a ver o Homeland! (que final de 3ª temporada!! fenomenal!)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Espírito natalício

Nesta quadra natalícia há sempre tantas boas ações que podemos fazer, basta querer. Eu sei que também as podíamos fazer noutras alturas, e penso que todos tentamos fazer o ano inteiro. Mas o Natal é a "desculpa perfeita". No entanto, o ser humano é um ser curioso. E se há dias em que sou surpreendida por verdadeiros actos de generosidade e até me sinto egoísta por não estar à altura; outros sou surpreendida por actos de egoísmo do "deixa andar, não é comigo". Aqui há dias (muitos) enviei um pedido para conhecidos meus para trazerem brinquedos usados dos filhos, com que estes já não brincassem, para dar a uma instituição, e para que outros meninos pudessem ter a alegria de ter brinquedos no Natal. Ninguém. Ninguém (!) me respondeu. O curioso é que se for preciso, respondem logo a emails parvos de vídeos do Youtube... Decepção...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Um post malcheiroso

"Quero fazer cócó!"
Olho para ele sem acreditar...
"Agora?" (Nãooooooooo!!!!! que merda... logo agora!)
"Sim..."
(Nãoooooooooo, agora não dá mesmo jeito nenhuummmm, não dá para chegar a casa?)
Estamos na sala de espera da pediatra. Brinca há 1h (ah estas maravilhosas pediatras tão boas tão boas e referenciadas, que depois nos tiram 3h de vida (de espera) do nosso dia) quando de repente faz o brilhante pedido.
A sala está cheia de putos doentes. Uns com febre, outros com tosse, todos com algum vírus escondido pronto a proliferar! Venho sempre com medo que ele saia (ou saiamos) de lá pior do que entramos lol
No WC é um vaivém de miúdos e graúdos. Olho para lá esperançosa e... vazia!! ah que bom! ao menos isso!
O M. tem ar de que algo mau vai acontecer se não o levar à sanita nos próximos segundos. Vôo com ele até lá "com licença, com licença". Raios, mas porque é que estas vontades têm de ser tão súbitas?! Olho para ele. Agarra as calças. "Aguenta M., aguentaaaaaa!" E rapidamente meto as mãos à obra. Dispo-lhe o que há a despir, forro o assento da sanita com papel e sento-o. Demoro 10 segundos a fazer isto.
Tento ultrapassar o meu ligeiro nojo natural por estar com as mãos numa sanita que é "publica" (embora de um consultório privado) e equilibro o M. o melhor que posso.
"Agarra-me mamã!!! não me deixes cair!!" diz enquanto se ajeita na sanita enorme. Para ajudar, a sanita tem um buraco mesmo na parte da frente (é daquelas próprias para pessoas com limitações/deficiências) e o rapaz luta por manter as pernocas abertas apesar das calças descidas as prenderem ligeiramente. Escusado será dizer que todo o forro que tão eficientemente fiz já está no chão. Que se lixe penso. "Despacha-te M.! eu estou a agarrar-te." E o rapaz continua meio indeciso, naquela tentativa de equilíbrio e confiança de que a sua mamã não o vai deixar mesmo cair lá dentro.
 A sonoridade da coisa revela-se de repente, e vejo-me meio ridícula, como se me visse de fora: eu a agarrar o miúdo debaixo dos braços, só lhe vejo a cabeça, faço força para cima para o aguentar, começam-me a doer as costas e...
Meu Deus! que cheiroooooooo!!! lol Que pivete!! Para onde foi aquele cócó de bébé que mal se dava por ele? Agora parece que comeu maçãs pobres e bebeu do esgoto... Arghhhhhhh!! Ai Jesus! Tirem-me deste filme. Começo a ter uma vontade louca de me rir :) Imagino o M. a cair naquela loiça branca e a ficar entalado (não seria a 1ª vez - na casa da minha mãe, uma vez o adaptador da sanita, que era muito pequeno, caiu com ele para dentro da sanita, acho que foi um mini-susto mas sobretudo risota entre avó e neto. Desde então sempre que ele se lembra disto diz-me a rir "foi uma grande trapalhada") Esta sanita é tão grande... Ele desaparecia ali se caísse lol
Devo ter divagado demais e o rapaz, ao sentir-se mais inseguro nas minhas capacidades "segurativas", anuncia "Já está, não quero fazer mais". "M.! não, tens de fazer mais, não fizeste quase nada. Eu não te deixo cair" e ele lá se convence novamente e a coisa desenrola-se.
Batem à porta duas vezes. Oiço do lado de fora "Rodrigo, espera um bocado, está um menino lá dentro." Coitado do miúdo, mais um a quem deu uma vontade incontrolável. Mas há quanto tempo estamos aqui dentro?
Por fim, o final. Papel higiénico e zás... tudo limpo! Exceto as minhas mãos... sim.... adivinharam... Com tanta mexidela acontece... Ai Deus... Arghhhhhh Este maravilhoso mundo da maternidade. Tento equilibrar tudo só com uma mão e finalmente estamos quase prontos.
Batem novamente à porta. Ai que stress! "Estamos quase quase a sair!" grito. Lavagem profunda de mãos (se é que isso existe com crianças de 3 anos) e saída rápida. Espero que o próximo a entrar leve uma mola no nariz...
Dizia eu, saímos. Ele mais leve e aliviado, eu a rir-me e a pensar nas coisas que não sabemos que ainda vamos fazer quando tivermos filhos, e os nojos que teremos de ultrapassar.

domingo, 8 de dezembro de 2013

E quando...

... começamos a pensar no futuro escolar do nosso filho e começam sérias e profundas dúvidas? Queremos a melhor educação para os nossos filhos, mas sabemos que se os colocarmos numa escola privada o esforço financeiro pode ser brutal e asfixiante, mas se os colocarmos numa escola pública aquela que pertencer ao agrupamento da nossa área de residência pode ser uma porcaria. Pública ou privada? a eterna questão. Começam as dúvidas, as incertezas...
Como saber se estamos a tomar as decisões certas para os nossos filhos?

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O melhor do meu dia (ontem domingo)

- Fazer a árvore de Natal.
- A antecipação e excitação do dia de Natal. (com miúdos em casa tudo é mais giro).
- A excitação em saber se o M. vai delirar com as prendas que o Pai Natal tem para ele.
- A excitação, alguma miaufa e friozinho no estômago por saber se em 2014 o nº5
está nas nossas vidas ou não.