terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2014

Neste último e atarefado dia de 2013 venho por aqui desejar um Feliz Ano Novo de 2014!
Por aqui já se fazem doces, já se prepara a mesa, já se esperam os amigos e a energia dos mais novos.
Desejo a todos um ano excelente, sempre mais positivos, com o trio maravilha sempre em sintonia: amor, saúde, dinheiro (é esse o trio, não é?)
Mas mais do que isso espero que este próximo ano traga o melhor das pessoas, do país. Desejo a todos muita saúde (principalmente isso, o resto vem por acréscimo), muito amor, muita amizade, muita compaixão, muita alegria. Que tenhamos a habilidade de lidar o melhor possível com todos os desafios que a vida nos vai trazendo. Que tenhamos muitos momentos felizes!

beijinhos e até já

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

A frase do dia

 “As mulheres gostam que lhe digam palavras de amor. 
O ponto G está nos ouvidos. Inútil procurá-lo em outro lugar.” 
― Isabel Allende

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Natal

(1982)

É de noite e estou à janela com os meus primos, a D. e o I.
A minha tia diz entusiasmada "Ali, está ali, viram?!", "Onde?!!" gritamos nós, "Aliiiii... Não viram?", "Não..." dizemos nós desapontados, a olhar para todos os lados. A minha tia ouve de novo o barulho dos sinos das renas "Ah estou a ouvir de novo, olhem! olhem! está a passar além!". Olhamos para o sítio apontado, mas o Pai Natal e as suas renas escapam-nos mais uma vez. Ele anda tão rápido, na sua pressa para distribuir os presentes todos, que nunca o conseguimos ver. Só a minha tia. E a minha mãe. Eu bem me esforço e estico o pescoço para tentar ver o céu escuro e estrelado para lá da janela, mas... nada. A excitação está ao rubro. Ele está quase a chegar e traz muitas prendas! Nem conseguimos acreditar que há um dia no ano em que um velhote simpático de barbas brancas nos traz os presentes todos que queremos (já mais velhinha, a começar a desconfiar da coisa, eu achava que este velhote era algum um amigo super rico do meu pai).
De repente o meu pai, o meu tio e os meus avós chamam: "Ahhhh Já está aqui! Já chegou!! Venham, está aqui com as prendas!!". Vou a correr, o coração acelerado, quero ver o Pai Natal finalmenteeeeeee, quero ver as prendaaaaassss! Mas, ai que ele já saiu agora mesmo pela porta, não o viste a sair?, estava com pressa, tem de ir entregar o resto das prendas aos outros meninos. A certa altura já não interessa. Estamos todos fascinados a olhar para a quantidade incrível de prendas à volta da árvore. E é o ataque! e é Natal! e somos miúdos e estamos a viver uma das épocas mais mágicas na vida das crianças.


(2013)

É de noite e o M. está à janela, na casa da minha mãe, com ela e com a D. (a minha prima e a madrinha dele). "Está ali viste?, "Onde, onde??" tenta ele ver com muita atenção, "Ali, ali!" dizem elas.
E enquanto prosseguem com a tentativa de descobrir, no céu escuro, o Pai Natal e as renas (dizem elas que até ouvem os sininhos das renas) os vários ajudantes do Pai Natal, lá em baixo, passam rapidamente as prendas todas da garagem para a sala. Uma Mãe Natal disfarça-se o melhor que pode em Pai Natal e espera não ser reconhecida. Depois toca um sino e diz alto "Ho!Ho!Ho!". Eu grito lá para cima "Venham! O Pai Natal já chegou e está a entregar as prendas! rápido venham!".
E o M. começa a descer de mão dada, e vê o Pai Natal!!

Momento super mega delicioso da noite: mal o vê lembra-se que os "crescidos" não andam por aí de chucha e muito menos em frente ao Pai Natal e saca rapidamente a chucha (que por acaso tinha na boca) e grita-me urgentemente "Mamã! Mamã! Guardaaaaa!"
ahahahahahahahahahahahahahahahahhhhhhhhhhhh

Desce mais uns degraus e olha atento, embasbacado para o Pai Natal que já está a sair e a dizer adeus porque a noite já vai longa e ainda tem de distribuir o resto das prendas pelos outros meninos. O M. ainda tenta espreitar para onde vai ele, mas já todos lhe chamamos atenção para as prendas. É um mar enorme de prendas grandes e pequenas, muita cor e alegria.
"Posso abrir esta prenda?" pergunta o M.
Sorrimos, essa não, essa não é para ti: "Olha abre antes aquela". E assim começa a verdadeira emoção do M. aos seus 3 anos (e quase meio) de idade. Depois de uma prenda aberta, de repente ele rasga o embrulho de outra prenda bastante grande. O embrulho é de um amarelo forte e quase que grita para ser aberto. E o barco... O famoso barco dos piratas, que foi tão, mas tão pedido, surge. (Tive de filmar o momento, aliás filmou-se tudo desde que ele começou a descer as escadas, para olhar para ele mais tarde.) Fiquei de coração quente... O M. quase dava saltos de excitação e gritinhos :) O meu docinho nem queria acreditar que o Pai Natal lhe tinha trazido o seu querido barco.
Claro que a partir daí já não queria ver mais prendas (Nota mental: dar a prenda favorita para último no próximo natal) e foi com esforço que olhou para outras coisas bem giras que recebeu. Mas adorou o peluche do Jake, os legos, o puzzle e outros mimos. Ah e adorou a espada que tanto pediu também (comprada no Chinês, o que prova que o mais caro não é o que as crianças mais gostam).
Eu adorei a roupa que lhe deram hehe (é sempre uma grande ajuda).

Pela primeira vez o M. gozou o Natal como deve ser gozado pelas crianças: a desejar que o Pai Natal chegue, a ter a/as prenda/as que pediu, a comer as guloseimas que quis, a deitar-se mais tarde (mas o João Pestana a teimar em chegar, muita esfregadela de olho...), rodeado da família.

Este meu Natal foi importante porque foi o 1º Natal em que o M. se apercebeu realmente do que era o "Natal" (para a sua tenra idade) e gozou o momento. E eu gozei o momento com ele. Gozámos todos acho. E estávamos quase todos. A família quase toda. Todos de boa saúde, todos com boa disposição.
Faltaram os meus avós que de certeza teria adorado ver o bisneto.

Obrigada, obrigada a todos por este Natal :) Fez-me recordar muitos bons momentos do passado (as parvoíces e risotas com os meus primos, os doces que a minha avó fazia e teimava em ter sempre na mesa), fez-me viver com emoção o presente, fez-me ter fé no futuro.

Feliz Natal!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

A propósito de pesadelos...

... chega de manhã ao nosso quarto e diz, decidido, ao entrar na cama (por um bocadinho, como faz todas as manhãs): "mamã, hoje não dei a mão ao pandinha porque não tive sonhos maus!"
:)

O melhor do meu dia

(17 de dezembro de 2013)

- A surpresa boa de ter tido vários brinquedos num saco logo pela manhã (obrigada, obrigada!!) para dar à tal instituição que os distribuirá por crianças desfavorecidas agora no Natal.

- Deitar à noite o M. no nosso doce ritual de conversas, beijinhos e festas.

- Estar aninhada, à noite, no sofá a ver o Homeland! (que final de 3ª temporada!! fenomenal!)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Espírito natalício

Nesta quadra natalícia há sempre tantas boas ações que podemos fazer, basta querer. Eu sei que também as podíamos fazer noutras alturas, e penso que todos tentamos fazer o ano inteiro. Mas o Natal é a "desculpa perfeita". No entanto, o ser humano é um ser curioso. E se há dias em que sou surpreendida por verdadeiros actos de generosidade e até me sinto egoísta por não estar à altura; outros sou surpreendida por actos de egoísmo do "deixa andar, não é comigo". Aqui há dias (muitos) enviei um pedido para conhecidos meus para trazerem brinquedos usados dos filhos, com que estes já não brincassem, para dar a uma instituição, e para que outros meninos pudessem ter a alegria de ter brinquedos no Natal. Ninguém. Ninguém (!) me respondeu. O curioso é que se for preciso, respondem logo a emails parvos de vídeos do Youtube... Decepção...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Um post malcheiroso

"Quero fazer cócó!"
Olho para ele sem acreditar...
"Agora?" (Nãooooooooo!!!!! que merda... logo agora!)
"Sim..."
(Nãoooooooooo, agora não dá mesmo jeito nenhuummmm, não dá para chegar a casa?)
Estamos na sala de espera da pediatra. Brinca há 1h (ah estas maravilhosas pediatras tão boas tão boas e referenciadas, que depois nos tiram 3h de vida (de espera) do nosso dia) quando de repente faz o brilhante pedido.
A sala está cheia de putos doentes. Uns com febre, outros com tosse, todos com algum vírus escondido pronto a proliferar! Venho sempre com medo que ele saia (ou saiamos) de lá pior do que entramos lol
No WC é um vaivém de miúdos e graúdos. Olho para lá esperançosa e... vazia!! ah que bom! ao menos isso!
O M. tem ar de que algo mau vai acontecer se não o levar à sanita nos próximos segundos. Vôo com ele até lá "com licença, com licença". Raios, mas porque é que estas vontades têm de ser tão súbitas?! Olho para ele. Agarra as calças. "Aguenta M., aguentaaaaaa!" E rapidamente meto as mãos à obra. Dispo-lhe o que há a despir, forro o assento da sanita com papel e sento-o. Demoro 10 segundos a fazer isto.
Tento ultrapassar o meu ligeiro nojo natural por estar com as mãos numa sanita que é "publica" (embora de um consultório privado) e equilibro o M. o melhor que posso.
"Agarra-me mamã!!! não me deixes cair!!" diz enquanto se ajeita na sanita enorme. Para ajudar, a sanita tem um buraco mesmo na parte da frente (é daquelas próprias para pessoas com limitações/deficiências) e o rapaz luta por manter as pernocas abertas apesar das calças descidas as prenderem ligeiramente. Escusado será dizer que todo o forro que tão eficientemente fiz já está no chão. Que se lixe penso. "Despacha-te M.! eu estou a agarrar-te." E o rapaz continua meio indeciso, naquela tentativa de equilíbrio e confiança de que a sua mamã não o vai deixar mesmo cair lá dentro.
 A sonoridade da coisa revela-se de repente, e vejo-me meio ridícula, como se me visse de fora: eu a agarrar o miúdo debaixo dos braços, só lhe vejo a cabeça, faço força para cima para o aguentar, começam-me a doer as costas e...
Meu Deus! que cheiroooooooo!!! lol Que pivete!! Para onde foi aquele cócó de bébé que mal se dava por ele? Agora parece que comeu maçãs pobres e bebeu do esgoto... Arghhhhhhh!! Ai Jesus! Tirem-me deste filme. Começo a ter uma vontade louca de me rir :) Imagino o M. a cair naquela loiça branca e a ficar entalado (não seria a 1ª vez - na casa da minha mãe, uma vez o adaptador da sanita, que era muito pequeno, caiu com ele para dentro da sanita, acho que foi um mini-susto mas sobretudo risota entre avó e neto. Desde então sempre que ele se lembra disto diz-me a rir "foi uma grande trapalhada") Esta sanita é tão grande... Ele desaparecia ali se caísse lol
Devo ter divagado demais e o rapaz, ao sentir-se mais inseguro nas minhas capacidades "segurativas", anuncia "Já está, não quero fazer mais". "M.! não, tens de fazer mais, não fizeste quase nada. Eu não te deixo cair" e ele lá se convence novamente e a coisa desenrola-se.
Batem à porta duas vezes. Oiço do lado de fora "Rodrigo, espera um bocado, está um menino lá dentro." Coitado do miúdo, mais um a quem deu uma vontade incontrolável. Mas há quanto tempo estamos aqui dentro?
Por fim, o final. Papel higiénico e zás... tudo limpo! Exceto as minhas mãos... sim.... adivinharam... Com tanta mexidela acontece... Ai Deus... Arghhhhhh Este maravilhoso mundo da maternidade. Tento equilibrar tudo só com uma mão e finalmente estamos quase prontos.
Batem novamente à porta. Ai que stress! "Estamos quase quase a sair!" grito. Lavagem profunda de mãos (se é que isso existe com crianças de 3 anos) e saída rápida. Espero que o próximo a entrar leve uma mola no nariz...
Dizia eu, saímos. Ele mais leve e aliviado, eu a rir-me e a pensar nas coisas que não sabemos que ainda vamos fazer quando tivermos filhos, e os nojos que teremos de ultrapassar.

domingo, 8 de dezembro de 2013

E quando...

... começamos a pensar no futuro escolar do nosso filho e começam sérias e profundas dúvidas? Queremos a melhor educação para os nossos filhos, mas sabemos que se os colocarmos numa escola privada o esforço financeiro pode ser brutal e asfixiante, mas se os colocarmos numa escola pública aquela que pertencer ao agrupamento da nossa área de residência pode ser uma porcaria. Pública ou privada? a eterna questão. Começam as dúvidas, as incertezas...
Como saber se estamos a tomar as decisões certas para os nossos filhos?

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O melhor do meu dia (ontem domingo)

- Fazer a árvore de Natal.
- A antecipação e excitação do dia de Natal. (com miúdos em casa tudo é mais giro).
- A excitação em saber se o M. vai delirar com as prendas que o Pai Natal tem para ele.
- A excitação, alguma miaufa e friozinho no estômago por saber se em 2014 o nº5
está nas nossas vidas ou não.
 
 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

A Vida e a Morte

(Aviso à navegação - se se sentem num dia down, não leiam isto. Não é um post giro ou bem disposto.)


Sempre tive medo da morte. Muito medo. Desde que me lembro sempre foi um tema difícil de digerir. Esse terrível desconhecido ainda hoje me atormenta quando se me apresenta dentro das suas inúmeras formas. Lembro-me de quando era mais nova e comecei a ter noção que um dia, de facto, não estaria mais aqui. A minha vida tal como a conhecia iria desaparecer. Beliscava-me para sentir algo na pele e pensava "um dia se me beliscarem não sentirei mais nada" e começava o pânico...

A angústia em relação à morte era tão grande que comecei a bloquear isso em relação aos outros. Ou seja, sempre que alguém morria era algo distante, não era real. Os avós? Tinham simplesmente ido fazer uma longa viagem e qualquer dia tocariam à porta. Lá estariam eles, sorridentes. Nada mais se tinha passado. Uma viagem apenas.

Nunca vi os meus avós mortos. E já lá vão os quatro... Os meus queridos avós... Às vezes sinto vergonha disso. Afinal já não tenho 8 anos, tenho idade para ser crescidinha e encarar a realidade. Não tenho idade para ser hiper protegida. A morte é o que é. Não sei o porquê de nunca ter visto familiares mortos (os únicos que vi foram parentes por afinidade). Não sei se porque a morte em si é assustadora e o confronto debilita-me, se porque me custaria vê-los diferentes, se por a última visão deles ser tão fria. Só sei que tudo sempre serviu para evitar que tivesse visto o temido caixão aberto (a visão deixa-me com falta de ar). Das duas uma: ou bloquearia e digeria as coisas como se tivesse numa realidade paralela (como aconteceu com um tio por afinidade, uma pessoa super querida que deixa saudades), ou ia-me abaixo. E tenho tanto, tanto medo de me ir abaixo, de ficar vulnerável.
Assim, prefiro fingir que não é comigo.

Lembro-me de estar no início dos meus anos teenagers e fazer um exercício curioso. Estava na cama e comecei a fingir que estava morta, dentro de um caixão. Ficaria ali para sempre, debaixo da terra, inerte. O mundo lá fora, numa máquina de movimento que nunca acaba, e eu ali. Lembro-me de imaginar quem ficaria cá fora a pensar e a chorar por mim. Lembro-me de ficar tão concentrada nesses pensamentos e de tentar simular o estado da morte, que ao "voltar a mim" dava comigo gelada e paralisada. A chorar de medo. E os meus medos um dia tornar-se-iam realidade. Era pavoroso... Quer eu quisesse quer não, eu iria mesmo morrer. Era difícil de aceitar. E quase desejei não ter nascido para não ter de morrer.

Ao "voltar a mim" pensava "não estou morta, estou aqui na minha cama quente, no conforto da minha casa. Pára com isso, não penses mais nisto." Mas o meu corpo ainda estava gelado e em pânico. Prometi a mim mesma que não me podia deixar cair em tal sentimento. Tinha de me proteger e o meio de atingir isso seria não pensar mais no assunto. Afinal o que me adiantava? Só sofreria e não queria mais isso. Talvez por isso, até hoje, são raras as vezes que falo sobre a morte.

Curiosamente nunca pensei muito na morte dos meus pais. É algo tão louco e inconcebível que nem me permitia ter medo. Não. Os meus pais viverão para sempre. Essa rede emocional (e física) estará lá para sempre. Não me permito sequer pensar de outro modo.
Objetivamente sei que isso não será assim, mas recuso-me a sofrer e ter medo por antecipação. Prefiro mentir a mim própria. É mais fácil. Mesmo nos problemas de saúde penso: tudo se resolverá.

Curiosamente, egoísticamente, a morte sempre girou em torno de mim. Os outros nunca morriam realmente, iam viajar. Mas eu não iria viajar, eu iria parar, morrer. EU. MOI. JE. ME. E isso não podia ser. Tenho tanto para viver. Tanto para fazer. Não posso morrer. Já sei. Me, me, me. Mas essa é a realidade dos meus medos.

Depois tive o M.

E a partir daí foi ainda pior. Não podia, não posso morrer. Para o proteger, para o criar, educar, amar, dar carinho, cuidar, prepara-lo o mais que puder. Todos sabem que os filhos precisam dos pais. Precisam da mãe. E agora que tenho um filho sei o quanto eles precisam do nosso amor e atenção. São tão indefesos, tão inocentes. Precisam tanto de nós.

Ao mesmo tempo, começou o pavor de ser ao contrário. De sermos nós a perder os filhos. De toda a nossa nova existência, desde que os temos, se esfumar de repente na perda da existência deles. Vemos tantas notícias tristes... Mortes prematuras por doenças fatais, acidentes. O que for. Olhamos a perda dos filhos dos outros e quase perdemos a esperança de um mundo justo, e, no fundo, respiramos de alívio por termos sido poupados a tal provação, à tal coisa inimaginável. A tal coisa que não pode e não deve acontecer. Os filhos devem sempre, sempre!, ultrapassar-nos, devemos morrer antes dos nossos filhos. Só assim o mundo tem alguma justiça.

Fim de semana passado:

Estou sentada na sala da minha casa. A minha mãe está cá e, a certa altura, recebe um telefonema inesperado de um antigo aluno. Lamenta a notícia mas informa-a de que um colega e antigo aluno dela (agora na faculdade) morreu. Estava bem de saúde aparentemente. Não tinha "vícios" que pudessem ter conduzido a um desfecho fatal numa manhã fria de dia de semana. É uma morte quase inexplicável. Os pais tinham por hábito sair mais cedo para trabalhar enquanto ele dormia mais um bocado antes de ir para a faculdade. Como sabiam da preguiça normal do filho, tinham por hábito telefonar-lhe todos os dias de manhã para o acordar. Nesse dia específico o filho não atendeu os telefonemas. Nesse dia o pai decidiu, por via das dúvidas, ir a casa ver o que se passava. O carro do filho ainda estava cá fora. "O sacana ainda está a dormir, vai ouvir!" Nesse dia, o pai entrou no quarto onde o filho, na cama, ainda estava roxo (talvez por estar a sufocar com algo) e a dar os últimos suspiros. Tudo fez para reanimar o rapaz. Não conseguiu.

Tento colocar-me no lugar do filho. Nem quero pensar... Não imagino. Não quero imaginar. É horrível demais. Mas não consigo evitar pensar sobretudo no pai. Não consigo conceber o que será acontecer-nos algo assim. Ver o nosso filho a morrer. Como se vive depois disso? como? como vivem os pais que perderam os filhos? é possível viver?

Já se passaram dias, e todos os dias esta história (ainda sem desfecho, malditas autópsias) continua a assombrar-me. Especialmente à noite.


À noite:

Vou deitar o fofinho do M., este ser fabuloso que faz o meu coração derreter. As nossas rotinas desenrolam-se como habitualmente. Mas desta vez reivindico o colo que ele volta e meia já dispensa (tem dias). Quero dar-te colo. Beijar-te. Abraçar-te. Muito. Quero aproveitar o ter-te aqui comigo agora. Quero sentir o teu corpinho quente e pequeno que se aninha nos meus braços. Faço-te muitas festas e agarro-te com força. Quero sentir-me meu amor. És definitivamente a coisa mais preciosa que tenho e quero memorizar como é abraçar-te. O toque, o cheiro, a tua vozinha a pedir coisas, a contar coisas. Quero gravar no meu coração estes momentos de intimidade (um dos) que são tão especiais para mim.
Sei que vai ser difícil lembrares-te destes momentos quanto fores adulto, mas espero ao menos que eles te sirvam para reforçar a confiança em ti próprio, que sintas sempre o quanto amado és.

Abraço-te com força e peço a Deus, aos Deuses, ao Destino, às forças do Universo, ao que seja, para que me assegurem que tenha muito tempo, muitos anos contigo, mas que me deixem morrer antes de ti. É assim que as coisas devem ser.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O melhor amigo

http://barneypatterson.wordpress.com/packaging/


O M. tem um melhor amigo :)
O curioso é que nem foi ele que o escolheu. O amigo escolheu-o a ele. Subitamente o J. começou a anunciar a novidade. Cioso do seu novo "melhor amigo", andou pela salinha a dizer aos meninos todos que eles não eram amigos dele, que o M. era apenas SEU amigo. lol
Já assisti a tal cena e lá tive de explicar ao fofo do J. que o M, é amigo de todos, que gosta de brincar com todos. "Mas o M. também é meu amigo, não é?". "Claro que sim! gosta muito de ti. Mas também gosta de brincar com os outros meninos, tu também gostas, não gostas?"

O J. é o tal rapazinho que sempre que o M. chega lhe faz uma grande festa. Quando chega e quando se vai embora! É só beijinhos e abraços, é só sorrisos. É tão, mas tão engraçado...! E faz-me derreter o coração ver aqueles 2 piolhos (sim, porque o M. não gosta de anunciar aos 4 ventos, mas adora o J., estão sempre a brincar juntos e fala nele muitas vezes) ainda tão pequenos e já com tantas afinidades.
Segundo a educadora estão constantemente juntos, brincam, volta e meia chateiam-se (com o J. algo possessivo) e fazem as parvoíces juntos. Sei que brincam entre todos claro, mas parece haver ali um elo especial.

É curioso: como é que aos 3 anos e meio (o J. nem isso, acho que só tem 3 anos) já sabem com quem gostam mais de brincar? são tão novinhos...

E o J. sabe-a toda... Se queres conquistar o amigo... conquista a mãe também! Ele é o tal que quando chego à sala me vem dar uma torre de legos ou um castelo ou um carro. Faz sempre algo para mim. (a partir daí o M. fazia-me o mesmo, mas desconfio que por ciumeira ahahaha).
Parece-me que se continuarem na mesma turma (e principalmente na mesma escola) o J. será daqueles meninos a quem irei dar de lanchar em minha casa muitas vezes.
Espero que sim. Seria muito giro :)


Por falar em coisas "fofa mais fofa não há" vi recentemente estas imagens. Derreti-me toda, são do mais querido que tenho visto ultimamente. Vejam e leiam.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A mãe Natal

Ainda faltavam meses para o Natal e já eu estava começar a magicar no que o Pai Natal iria dar ao M. agora nas festas. E armada em mãe Natal lá lhe fui perguntando e, sem que ele percebesse, sugerindo coisas a ver se ele gostaria. E durante meses ele foi dizendo que queria uma espada e o barco do Jake (Jake e os Piratas da Terra do Nunca). Eu fui brincando a dizer que tinha de se portar bem, etc etc e a dizer que tinhamos de escrever uma carta ao Pai Natal etc etc.
Nunca prometi nada, mas ao mesmo tempo estava plantado o bichinho nele, não estava prometido, mas estava.
E agora que me pus no encalço do barco... o raio do barco não está em lado nenhum!!! Não encontro o raio do brinquedo em lado nenhum! Ó sorte malvada...
E agora, volta e meia, ele fala no barco e eu caladinha ou a desviar a conversa... lol
Ò deuses dos brinquedos e afins - não me deixem ficar mal!! Pleaseeeeee!!
Já aprendi a lição, prometo.
Nunca, mas nunca "prometo" nada sem primeiro já ter a coisa na minha posse.
Agora vá... que apareceça o barco à minha frente na próxima loja!

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O melhor de hoje

O melhor de hoje foi a publicação de um artigo
meu numa revista relacionada com a minha área :)
Pode ter sido um pequeno passo para muitos,
mas foi gigante para a minha humanidade :)

(estou aos pulos de contente! só me apetece gritar ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh yessssssssss hehe)

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Ainda acerca de...

... um texto que li sobre as baixas expectativas que temos dos nossos filhos. É verdade, temos sempre grandes expectativas sobre os nossos filhotes. Queremos que sejam os melhores. Queremos o melhor para eles. Queremos filhos perfeitos mesmo que saibamos que isso é impossível (e até indesejável por vários motivos). Ao baixarmos as nossas expectativas agiremos com mais naturalidade e de acordo com o que eles são capazes, deixaremos as ansiedades de lado. Puxar por eles sim, aniquilar os seus gostos ou sobrepor os nossos aos deles, isso não.

Isto para dizer que mesmo antes de ter lido sobre isto das expectativas já tinha feito esse exercício, especificamente sobre as aptidões dos miúdos. Faço-o sempre que entro na sala da turma do meu rapaz e vejo os desenhos dos outros coleguinhas. Uns mais velhos, outros da mesma idade, um ou outro mais novos. Quase todos com algo já característico no seu desenho - círculos pintados, um boneco desenhado, algo. Num exercício de tema livre o M. pinta aquilo que lhe apetece. E isso são riscos indistintos de várias cores. Não há nada específico, um sol, um foguetão, algo que às vezes, cá em casa, lá faz. Riscos e mais riscos. Só tem paciência para isso. Muito contente afirma que pintou um quadrado (o exercício era desenhar, tema livre, dentro de um quadrado já impresso.) Olho para os outros desenhos. E baixo as minhas expectativas quanto ao imaginar o meu filho, um dia mais velho, como sendo um grande artista lol.
Num exercício de humildade (e frustração) admito: pronto, ele não gosta de desenhar, não está para isso, despacha aquilo e acabou. Não tem "jeito". Num exercício de culpa penso que se calhar sou eu que em casa não puxo mais por ele (são raras as vezes que desenhamos). Noutro exercício de autoperdão lembro-me dos momentos felizes e vejo as tardes passadas em parques, cheios de energia, a correr e brincar, a passear e ver coisas. Perdoo-me pensando que não puxo pelo desenho, mas ao menos puxo-lhe pela imaginação, pelo vocabulário, pelos jogos, pela curiosidade sobre o mundo.
Chego a casa e, depois de pousar a mala, e resistindo a correr para a cozinha para adiantar o jantar (enquanto ele corre para a televisão para ver os seus amados Piratas da Terra do Nunca), proponho fazermos um dos vários puzles que temos em casa. E o meu piolho entretém-se, entusiasmado em encaixar inúmeras peças de um puzle gigante. Estou impressionada como sempre fico com a habilidade dele em jogos de encaixe e precisão.
E as minhas expectativas aumentam. E penso que pode não vir a ser um Picasso, mas pode vir a ser muita coisa. Pode vir a ser tudo!
As minhas expectativas neste momento são apenas um: aproveita o mundo de possibilidades que tens.
As minhas expectativas estão saudáveis, acho. Não é um "filho perfeito" (embora no fundo, no fundo, eu saiba que ele é perfeito no meio das suas imperfeições), mas nem eu sou uma mãe perfeita. No meio das nossas imperfeições somos um do outro e divertimo-nos no processo.
E isso é que interessa.

O melhor do meu dia

"No final do dia, antes de fechar os olhos e ceder ao cansaço, fazemos um exercício: escolher o melhor do nosso dia. Fazemos as pazes com o que correu mal, aceitamos as respostas que ainda precisam de tempo, acalmamos os medos e as angústias e guardamos apenas o melhor. Podem ser horas de festa ou apenas um instante de silêncio"


Uma proposta da Catarina. Um exercício a fazer sempre que pudermos.

O melhor do meu dia hoje foi... 
chegar a casa, respirar fundo, e pensar: home sweet home.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Perguntas

A caminho da escola, dentro do carro, e ao ver 3 miúdos já mais velhos a caminharem sozinhos:
"Mamã, aqueles meninos perderam os papás deles?"

:)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Vamos Marujos!

São 10h da manhã e numa "ilha" de chineses deambulam piratas empenhados em encontrar um tesouro muito especial - uma máscara "assustadora" para o Dia das Bruxas. Um dos piratas não é grandemente a favor deste dia (mais uma importação sem sentido para a nossa cultura?), mas os seus deveres a isso obrigam.
De súbito uma revolução! Um grito de guerra! Um dos piratas corre aos zigue-zagues e reclama o seu gancho perdido numa prateleira! Em minutos conquista o novo mundo, um território cheio de tesouros para miúdos e graúdos.
"Eu sou o Capitão Gancho!!!" e corre por entre roupas e bugigangas. O seu temível gancho agarra decidido vários cabides. (por aviso de uma entidade superior volta logo a colocá-los no sítio)
"Vamos marujos! Sigam-me!". Os vários marujos espalhados pela "ilha" olham o capitão com um sorriso nos lábios. Mas o Capitão olha para mim (sou a Izzi), troca-me a identidade e ordena: "Vamos Barrica, há muitos tesouros para descobrir!". O novo Barrica inspirado pelo seu capitão responde: "Sim Capitão, onde está o tesouro supremo?", "Está aliiii!!! vem Barrica!" e o adjunto segue-o (não antes sem o ter direcionado para onde realmente era preciso irem).
E o gancho do Capitão Gancho prende roupa, puxa cabides, segura sapatos, descobre colares e até encontra um pijama bem quentinho e giro.
Finalmente a demanda acaba com um achado preto e pontiagudo na forma de um chapéu de bruxo (não havia máscaras para grande pena da Izzi). E, armado até aos dentes (ou será até ao punho), o capitão sai de chapéu na cabeça e gancho na mão, preparado para o Dia das Bruxas que aí vem!
"Vamos Marujos!!!"

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

E quando...

... se está com uma "pequenita" piela depois de vinho tinto ao almoço? O trabalho agora à tarde até vai andar melhor...  :)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Nham!

Este fim-de-semana vou fazer esta receita. Prometo! (já estou a salivar...)

http://paracozinhar.blogspot.pt/2007/09/po-de-banana-e-chocolate.html


Leituras

O que ando eu a ler agora? Depois de um longo período Murakamiano aventurei-me mais uma vez nas aventuras da sarcástica e hilariante Sookie Stackhouse. Depois de um hiatus gigante na Saga do Sangue Fresco (li até ao 5º livro e depois esgotei a paciência e o tema) eis que o final da saga foi impresso em páginas portuguesas. E eu, como fiel seguidora (mais ou menos), resolvi que ia ter uma espécie de closure e descobrir que final teria essa minha companheira de leitura durante anos. Claro que o seu mundo mudou muito desde que a li pela última vez, mas em duas ou três páginas a autora mete-nos a par das novidades, por isso tem sido fácil acompanhar. Confesso que as fabulosas séries televisivas que andam por aí me têm roubado muito tempo à leitura. Mas ela prossegue.

Declaração oficial

Declaro oficialmente que observar o meu filho na parvoíce é melhor do que ir ao cinema, do que ir jantar fora, do que viajar, etc etc. Observá-lo enquanto roda no chão do quarto a gritar que é um helicóptero e a rir-se que nem um perdido, é simplesmente fantástico. Adoro vê-lo assim e em "parvoíces" do género. Deveria admoesta-lo e dizer-lhe para parar porque assim está a sujar o pijama no chão, etc etc? provavelmente sim. Mas não o faço. Está em casa e está a gozar o prato. E eu estou a gozá-lo com ele :)  Também eu queria estar ali no chão a rodar e dar cambalhotas e a gritar que sou um pirata e que tenho uma espada "muito forte" e que posso fazer isto e aquilo por que sou muito "grande e tenho muita força!".
Declaro oficialmente que nunca ficarei chateada porque o M. chegou a casa enlameado da cabeça aos pés porque ficou a jogar futebol (ou outro jogo) ou porque simplesmente brincou na lama. Nunca ficarei zangada com rasgões nas calças, nunca ficarei zangada quando for andar com ele e ele começar (como é hábito) a pendurar-se nas minhas pernas "à maluquinho" só porque se lembrou que é um macaquinho e quer brincar, ou quando formos andar de mão dada e resolver andar depressa aos ziguezagues só porque é mais divertido.
Declaro oficialmente que sempre que puder farei eu também figura de parva juntamente com ele e aproveitarei de bom grado a oportunidade de gozar o mais que posso a infância dele e esticar a minha um bocadinho mais.
Declaro oficialmente que passados 3 anos ainda me deslumbro com o facto de aquele ser que inicialmente era tão descordenado e só balbuciava, cada vez está mais esperto e faz-me querer brincar como ninguém. Sempre fui meio "parvóide" mesmo, mas agora tenho um acompanhante à altura :)

sábado, 19 de outubro de 2013

Me Like

Gosto deste blogue.
http://oalfaiatelisboeta.blogspot.pt
Tem 2 coisas de que gosto: roupas e pessoas. Gostava de ir para a rua fazer o mesmo - fotografa-las. Mas dado que não tempo quase nenhum fico-me pelo blogue.

State of Mind


Meio xoxa. Mas o fds ajuda no meio de tanta coisa para fazermos cá em casa e a energia do M. também  contagia :) Depois de uma semana emocionalmente cansativa no trabalho (onde está o ambiente fantástico que já ali vivi?); depois de estar dias a sentir-me adoentada por causa de uma constipação que não passa; de tosse e mais tosse; e depois de passar o dia de hoje todo mega maldisposta do estômago - sinto-me sem energia. Mesmo. E estou super rouca. Mal consigo falar (e às vezes é mesmo é bom estar com a matraca fechada).
Estou no sofá e aproveito para pensar no dia de hoje em que demos uma grande volta à casa, deitamos fora coisas de que não precisávamos, guardamos outras coisas na garagem do meu pai (muitas, o espaço aqui em casa cada vez abunda menos) e passamos algum tempo com ele. Sinto sempre alguma culpa de não conseguir passar tempo suficiente com os meus pais. O tempo é sempre pouco.
Mas apesar de não me sentir a 100% estou satisfeita com a "produtividade" de hoje.
Estou contente por estar aninhada no sofá (ainda tenho a barriga às voltas), vegetar em frente à TV e saborear esta rotina noturna, enquanto o M. dorme e o T. fotografa afincadamente coisas para o eBay (esse mundo fabuloso). É bom fazer coisas novas. Mas estas rotinas familares também sabem muito bem.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Adoro Cupcakes!

Adoro! Adoro vê-los e comê-los. E um dos meus objectivos é aprender a fazê-los :P
Hoje descobri esta imagem deliciosa. Até dá pena comer :)

A canção...

... que me faz aumentar o rádio aos berros por estes dias :)

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O Susto


No meio de 0 fraldas à noite e muita alegria por este novo passo na vida do M., esta madrugada ele pregou-me um grande susto. O M. tem uma nova cama. Chegou no outro dia para substituir o berço que claramente estava a ficar pequeno demais para o nosso grandão. A nova cama é daquelas grandes, pode-se considerar de teenager já. Cama de solteiro com gavetão por baixo. Branquinha e linda, a dar com o resto dos móveis. Mas a cama é bastante alta e por isso colocou-se uma barra de proteção do lado desprotegido (está encostada à parede). Ora essa proteção não tem o comprimento todo da cama, é bem mais pequena e eu tentei centrá-la de modo a que o protegesse de quedas mesmo que girasse o corpo para os pés da cama.

Ora esta madrugada, eram 5 da matina, acordei. O miúdo mexia-se e remexia-se. Ou estás a sonhar ou vais acordar por algum motivo (chucha etc). A certa altura achei estranho tanto mexidela e num momento finalmente de silêncio, algo me disse para eu ir lá. Não sei porquê mas tinha de o ir lá ver. Quando lá chego ia tendo um ataque... O rapaz estava com o corpo junto à cabeceira da cama. Em vez de ter o corpo ao longo do comprimento da cama, estava ao longo da largura junto à cabeceira, justamente com a cabeça virada para a parte que não tinha proteção!! Era só escorregar mais um bocado e caia de cabeça no chão, desamparado. Fiquei gelada...
Num instante girei-o e puxei a barra protetora mais para cima, não deixando folga junto à cabeceira.
Teria sido tão mau se ele tivesse caído... nem quero pensar.
 
Nas próximas noites vai ser: almofadas no chão, cadeira a tapar a zona dos pés (não vá ele a dormir virar-se para essa zona também e por causa da folga aí, cair).
Fiquei mesmo aflita :( Rezo e agradeço a todos os santinhos por ter acordado na altura certa e ter tido a clarividência de ir lá! Que susto... Já não dormi o resto da madrugada...

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

E foi desta também!...

... que o bidu na noite seguinte fez uma bela mijada na cama durante a noite e tive de mudar a cama toda e o rapaz todo. E vivam os xixis noturnos! :P

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

E foi desta!

O bidu dormiu a sua primeira noite sem fralda (por iniciativa própria!)... e não fez xixi!! Está mesmo crescido aquele fofuxo. A ver se essas noites agora se tornam a regra :)

sábado, 5 de outubro de 2013

Aniversário

Fiz anos aqui há dias. Olho-me ao espelho. Sinto-me bonita, embora mais velha. Vejo rugas de expressão que nunca estiveram lá. E agora estão. Tenho mais rugas num olho do que no outro, o que me chateia de morte. Cremes para cima! Há que combater isto!
Interiormente ainda me sinto uma miúda. E serei sempre a miúda de ténis, jeans e alguma camisolita gira. É sem dúvida o que prefiro vestir. É assim que me sinto eu.
Este ano fiz anos num país longe daqui. Aproveitei férias perto dessa data e juntei tudo. Foi divertido e diferente. Foi a 2ª vez que o fiz. Mas penso que deve ser a última. Para além de ter estado longe da família em geral, estive longe do meu rapazinho lindo. Rapazinho esse que me deu os parabéns por telefone. Rapazinho esse que teve a sua primeira aula de natação enquanto eu estava fora. E isso deixou-me um travo amargo na boca. Rapazinho esse que eu teria adorado ter nos braços a dar-me os parabéns no próprio dia e a dar-me uma prenda ou flores. Bem sei que ainda não é ele que as compra, mas o ar fofo com que me dá as coisas é do melhor. O meu rapazinho já topa tudo. Percebe as coisas e cada vez mais vai perceber se estamos presentes nas ocasiões especiais. E aniversários são ocasiões especiais. E embora eu ultimamente trate o meu como algo sem grande importência, não quero mais isso. Quero voltar a fazer jantares ou lanches. Voltar a comemorar em cheio e com muita gente! Para o ano estarei cá e iremos comer imenso bolo de pão-de-ló com recheio de ovo (o meu preferido). A não ser que o mundo acabe - está prometido.

Entretanto quero falar das mensagens e telefonemas de parabéns. Quero desabafar o facto de (alguns) amigo/as /parentes próximos a darem-me os parabéns... pelo Facebook. Adorei os telefonemas, os sms de muita gente. Dantes recebia os telefonemas com muito agrado, quando não havia telemóveis. Depois com a chegada destes passei a receber também alguns sms (geralmente de pessoas menos próximas). Depois os sms's generalizaram-se e comecei a receber metade telefonemas e metade sms. E presumi que muitas pessoas (como eu) não gostam de falar ao telemóvel. Por isso preferem enviar um sms e despachar a coisa. Ou então, é para poupar uns trocos. Mas pelo menos é para mim, moi. Agora... a mania do facebook. Devo ser ainda um bocadinho retrógrada, mas ainda não me habituei a que pessoas próximas (algumas) me dêem uns sucintos parabéns através da famosa rede social. Percebo que é rápido e indolor, o FB até nos poupa a memória e lembra-nos dos aniversários de toda a gente, mas é tão... impessoal quando se tem uma relação pessoal. Já sei que cada vez vai ser mais assim, provavelmente terei de me habituar. Qualquer dia falamos todos por chats embora estejamos sentados numa mesa frente a frente. Enfim, ainda não me habituei e não gosto. Pessoas - telefonem! No dia ou sem ser no dia (ou mandem sms caso não dê mesmo para telefonar - aniversariante no estrangeiro o que obriga a telefonemas caros, saldo a zero no telemóvel, telemóvel em paradeiro desconhecido, etc etc) mesmo que não possamos estar juntos (seja porque estou fora ou porque vocês estão fora) é bem mais giro e pessoal. Do meu lado farei o mesmo. Sei que às vezes somos todos um bocado preguiçosos, mas prometo que deixarei eu também a preguiça de lado.

E pronto. Já são 2 promessas hoje. Eu que não gosto de prometer nada porque tenho sempre medo de não conseguir cumprir.

Lugares (1)

Está a anoitecer, e, ainda de dia, numa certa zona, com mais um canal de água pelo meio (há dezenas deles), as luzes vermelhas começam a acender. A noite começa, o fluxo de pessoas aumenta, aumenta o cheiro intenso de cannabis, aumenta o cheiro a fritos por todo o lado. De repente tudo fica enjoativo. Algumas mulheres começam a aparecer nas janelas, sob as famosas luzes vermelhas. Olho mais de perto. Passo várias vezes pela mesma rua, pelas ruas paralelas e perpendiculares. A maioria são miúdas. Daria a algumas 18 anos (não posso dar menos porque esta bela profissão lá só deve ser legal a partir dessa idade, se não dava a algumas bem menos...). E fico pasmada porque... são lindas! Caramba... parecem top models: algumas altas, todas de corpo seco e bem esculpido, com as curvas no lugar certo. Umas loiras, outras morenas. Todas com uma espécie de biquini giro e brilhante (muitos brancos ou fluorescentes) ou então de lingerie. Podiam ser a vizinha gira da porta ao lado ou a amiga estrangeira de uma nossa amiga. Das vezes que passo por elas, umas vezes olho-as na cara, nos olhos, outras simplesmente baixo os olhos. Por alguma razão sinto-me envergonhada. Não por (eu) estar ali. Mas acho que por elas. Não quero ter tom paternalista ou de compaixão beata, essas coisas. Nada disso. Mas estou de boca aberta, pasmada. Como é possível... Piscam os olhos aos homens que passam, fazem beicinho, mandam beijos. Algumas fazem poses mais ousadas. Outras provocam deliberadamente, algo obscenas, rapazes que lhes gritam algo que não percebo. Eles riem-se, falam alto, fazem-lhes gestos. Elas retribuem. Não percebo se estão mesmo divertidas e a gozar a situação ou se simplesmente tudo aquilo é pura defesa. Elas estão por detrás de portas de vidro. Ninguém lhes pode fazer mal se elas não quiserem. Vêem-se às vezes homens sentados aqui e ali a fumar. Não percebo se são proxenetas ou se são apenas alguém que as protege, algum amigo ou familiar. Provavelmente são um "ninguém". Um ninguém que simplesmente as observa, mais um cigarro, mais um charro. Todos os dias é o mesmo. Alguém sopra ao ouvido: coca... Não obrigada. Siga.
Tento abstrair-me. Visualmente é engraçado. Uma data de mulheres bonitas e novas a pavonearem-se. Dão nas vistas. A luz vermelha dá um toque de mistério, de sedução, é verdade. E continuo espantada por terem corpos tão bem delineados. Esperava travestis, mulheres mais velhas e degradadas, mulheres feias. Tento abstrair-me. Mas não consigo. Não entendo o que estão aquelas miúdas todas ali a fazer, a vender o corpo, a serem tocadas por estranhos e a executarem coisas íntimas com quem não conhecem. Pergunto-me se forem abordadas por um homem repugnante, de quem tenham nojo, se o deixam entrar. Gerem o seu próprio negócio e podem recusar quem quiserem ou são geridas e têm de receber todos? (devia ter feito o Red Light Tour e feito essas perguntas todas à ex-prostituta que faz os tours)
Passadas umas voltas vejo várias cortinas fechadas. Sinto-me estranha. À minha volta e dentro daquelas vitrines inúmeras miúdas fazem mil e uma coisas a homens velhos, novos, feios, bonitos, ricos, pobres, simpáticos, arrogantes, charmosos, pirosos, charrados, bêbados, sóbrios, etc...
Sim, já sei que é tudo legal e têm condições higiénicas bla bla bla. Já sei que a legalização da prostituição fez parte da emancipação das mulheres de lá. Fazem o que querem dos seus corpos, ganham imenso dinheiro com isso e passados uns tempos voltam para casa como e nada fosse, com a conta do banco recheada, casa nova, dívidas pagas, e prontas para um novo recomeço. Fazem o que querem e pagam impostos por isso.
Sim, não discordo da legalização (mas também não sei se concordo). Os homens (alguns, muitos, não sei) fazem-no de qualquer modo. Mas não me entra na cabeça o usar o corpo para ganhar dinheiro e sentirem-se livres por isso. Não estamos a falar de prostituição de luxo - posso estar muito errada e não conheço nada desse mundo -, mas penso que aí o nível é outro, e só está nele quem quer mesmo, quem goza a situação, quem tem maior controlo da sua vida. São situações privadas, discretas. Não são "carne fresca" em exposição em montras. Essa parte é tão, mas tão degradante. O que fazem aí miúdas? Querem ganhar uns trocos enquanto estudam? Vão trabalhar em part-time numa restaurante ou café, façam babysitting, etc etc. Porque estão ali? Porque gostam de sexo com qualquer homem? Porque têm imensas dívidas para pagar? Porque têm a família para ajudar? Porque querem ter roupas caras? Um bom carro? Uma boa casa?
Quanto ganham por noite? Gostam do que fazem ou sentem-se tão mal como eu me senti por vos ver aí? O que estão a fazer aí? Devia ter batido numa das vitrines e perguntado... Ficarei para sempre a questionar-me.
Nem tudo é "bonito". Algumas ruas perpendiculares revelam as tais mulheres "gastas" de que estava à espera. Corpos já disformes do tempo, vêm-se marcas, nódoas, peles descaídas. Numa outra rua vêem-se os tais travestis que já vira em documentários. Aqui o ar não é tão amigável e sedutor. Simplesmente esperam. Esperam pelo próximo. Noutra rua apenas mulheres mulatas ou pretas. As ruas dividem-se para todos os gostos. Mas de repente a sensação já não é tão juvenil ou erótica. Acho estas mulheres tristes. As outras da rua principal ainda fingem. Estas já não. Esperam por quem lhes irá pagar mais uma noite.
Não sei ainda o que pensar desta visão. Divido-me entre o choque de ver aquele "espetáculo" e a excitação de ver a rua das "prostitutas legais". Deixem-me digerir a coisa.

sábado, 28 de setembro de 2013

Quase de partida

Quase de partida para ir conhecer um bocadinho mais da Anne Frank. Quase de partida e numa correria para arranjar malas para os que ficam e para os que vão. A ver se consigo amanhã ter um dia relativamente calmo. A ver se ainda consigo ler mais coisas sobre o sítio por onde vou andar.
Quase de partida e já com saudades do meu bidu pequeno. Resta-me confiar e aceitar que ele vai ficar bem como sempre; resta-me rezar para que não adoeça enquanto não estou com ele (detesto não estar por perto se ele não se sente bem) :)
Vou tentar que o meu coração de mãe-galinha se acalme e saiba deixar voar uma vez mais o meu pintainho. Vou voar eu também e soltar a aventureira e viajante que há em mim.
São só uns dias. Que isto agora é assim - separar-me do meu pintainho sim, mas por pouco tempo. É bom para ele, é para mim. É bom para nós todos. Há tempo e espaço para tudo.
Até daqui a uns dias.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O autocarro

Considero-me uma boa condutora. A sério que sim. No entanto, por alguma razão que desconheço (talvez por o meu malfadado instrutor de condução me obrigar, na altura, a estacionar e conduzir por uma Lisboa labirintica com inclinações de 70%) suo estopinhas sempre que tenho de ir com o meu carrito por ruas inclinadas. Evito, se souber que aí vêem, ruas onde tenha de meter a primeira, onde tenha de ter o carro a tremer por todos os lados do esforço, onde tenha de acelerar como se tivesse um Ferrari nas mãos... Eu acho que é uma espécie de fobia. Ou azarice minha. Embora seja boa condutora, volto a dizer (!) E goste muito de conduzir. Mas todos os bons condutores têm miaufas, certo?...
Ora um dos caminhos para minha casa, depois de ir buscar o rapaz à escola, precisamente o mais direto e prático, é mesmo assim: bem íngreme e "assustador".
Certo dia, deparei-me com um autocarro à minha frente. Subia lentamente, em esforço e a minha viatura atrás em esforço também. A meio daquilo pensei: vai chegar lá cima e vai parar, qualquer coisa assim. E eu vou ter de parar também e vou olhar para trás e vai estar um carro atrás de mim e vou ter de arrancar com força, mas o meu ponto de embraiagem não vai correr bem e vou descair o carro e não vou conseguir...e...e... e vou bater no de trás!! Quanto mais pensava nisso, mais decidida dei a volta para trás.
"Mãe, porque estás a virar?", "Errr... porque já não quero ir por ali.", "Porquê?", "Porque o outro caminho também é bom.", "Mas porque não vamos pelo outro?, "Vamos noutro dia...".
Noutro dia volto a ver o dito autocarro. Volto a virar para trás. "Mãe, vamos pelo outro caminho?", "Sim...", "Porquê?", "Porque é melhor...", "Mas o outro caminho também é bom.", "Sim também.", "No outro dia vamos por ali?", "Sim, noutro dia...".
Uf... ele não percebeu a estratégia, pensei eu.
Noutro dia ainda: o autocarro não aparece à minha frente mas, já lançada, continuo pelo outro caminho mais fácil.
"Mãe, MÃEEEEEE!", grita ele muito excitado, "Diz...", "Podes ir por ALI!! não há problema, o autocarro não está ali!!!".

Na altura, e mesmo agora, se a vergonha matasse estaria enfiada num buraco bem mortinha... Fui tão, mas tão apanhada... Pior ainda: dias depois, numa vez em que o pai o foi buscar, aprontou-se logo a contar que eu não ia por ali por causa do autocarro... Ai vida... Eu a querer manter a coisa secreta... Não durou muito.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Momentos

Sim, já sei. Provavelmente irei repetir-me, provavelmente já escrevi aqui algo parecido. Mas não faz mal. Este post é para mim. Para me lembrar daqui a uns anos como eram especiais as noites em que te deitava e me deixavas dar os mimos todos e mais alguns.

Todas as noites deito o M. Provavelmente foi um hábito/prazer que ele adquiriu pelo tempo todo que o pai passou fora a trabalhar e eu era a única disponível para essa tarefa, provavelmente porque os mimos de mãe são os mimos de mãe (costuma-se dizer que mãe há só uma e agora acho que finalmente percebo mesmo o sentido da frase).  Todas as noites, quase na penumbra e com a luz da cozinha ao fundo, dou-lhe colo à bébé sentada ao lado da cama dele, canto-lhe o Sei quem ele é (já começo a implorar para mudar a música, mas o rapaz é firme nas suas preferências...), e só depois da cantoria é que ele se deita. Depois fico semi-deitada ao lado dele e passo-lhe a mão pelo cabelo, dou-lhe mil e um beijinhos, digo-lhe que gosto muito dele, ele diz-me que também gosta de mim, damos abracinhos, e ele vai contando momentos do seu dia (adequados à sua mente de 3 anos) até que lá consigo ser "libertada" dos mimos noturnos.
Dizia eu que lhe vou fazendo festas enquanto ele parla. Geralmente está concentrado nas suas histórias, enquanto balança entre o sono e a excitação do dia. Mas no outro dia aconteceu algo mágico. Algo fantástico que não me lembro de ter acontecido antes. No outro dia ele viu o meu amor, sentiu-o e mostrou que o sentia. Não sei explicar melhor... Houve um entendimento mútuo sem precisarmos de palavras. Uma troca de olhares que disse tudo. Uma troca de olhares que me fez pensar de novo que ele está tão crescido.
Fazia eu as habituais festas, a observa-lo com uma doçura que só lhe dedico a ele, a constatar pela milésima vez que é a coisa mais fantástica que já me aconteceu, quando o senti a ficar muito molinho. Estava cansado e nesse dia a conversa durou pouco. Estava literalmente a apreciar apenas o meus beijos naquelas bochechas deliciosas. (As bochechas dos miúdos são a coisa mais deliciosa deste mundo - especialmente a dos nossos). De repente olhou para mim e sorriu. Foi tão doce esse momento... E começou a passar as mãos pela minha cara; pelo nariz, testa, bochechas, cabelo. Fez isso com um grande carinho, tal como eu lhe faço a ele. Silenciosamente disse-me eu sei que me amas mamã, sinto isso em cada festa e olhar teu, sinto o teu amor e gosto tanto tanto, e também te amo e agradeço que cuides de mim, sei que cuidas de mim.
Não sei contar melhor do que isto.
Depois abraçou-me, daqueles abraços quentinhos à volta do pescoço e disse "gosto muito de ti mamã".
Ganhei a noite, a semana. Ganhei tudo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

11 de Setembro

E mais uma vez relembra-se esta data. Enquanto vejo mais um documentário sobre a tragédia - desta vez o "Milagre do Surfista do 11 de Setembro" no National Geographic Channel (aconselho-vos a procurarem a história, é incrível) - procuro imagens de NY no meu arquivo. Mas desta vez imagens de esperança, respeito, de recuperação de uma cidade agora menos simpática do que na altura imediata do pós 11 de Setembro (o tempo não perdoa, os anos passam, e, na minha opinião a população esqueceu-se um bocado da entre-ajuda e simpatia que sentiu serem necessárias mal houve a tragédia). De qualquer modo é uma cidade sem dúvida imparável, onde tudo acontece e nada é impossível.

O meu 11 de Setembro, na altura da tragédia, foi assim:










Relembro também a minha avó que morreu neste dia. Que estejas em paz. 
Por aqui recordamos-te sempre com muito carinho.

Férias 2013

Deixei de ser preguiçosa e aqui estão, como prometido, algumas imagens do relax, calor, água e passeios.

















Miley Miley

Pronto fofa... já chega, ok? depois de dias (ou será semanas, ando meia perdida no tempo) em que arrasaste com o pessoal nos VMA's -  mas qual é o assombro de ver uma miúda meio despida a roçar-se no seu companheiro músical? - agora andas com um hábito parvinho.
Um "à parte" - A Madonna e muitas outras já fizeram isso meus caros. Ela é apenas mais uma com a desculpa de "descobri finalmente que sou uma mulher sexy, e não uma menina, já fiz 18 anos e posso fazer o que quiser, e vou chocar-vos com o que puder". Então porquê o choque?
Onde ia eu? hábito parvinho pois. Vá... enough is enough com essa coisa da língua. Isso sim já me mexe com os nervos. Já todos sabemos que és girinha e queres brincar ao "ser rebelde". Mas agora é só fotos parvas? Eu que até te achava uma miúda fixarolas... Agora andas meio parvinha. São fases. Há de passar (depressa please).

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Novos diálogos...

... porque já é um "crescido".
Muitos nomes "fofinhos" tenho, nestes 3 anos, chamado ao M., e volta e meia um dos que me sai é o Chuchinhas ou Chuchas (por causa do uso - agora menos constante - da chucha).
Ultimamente, no entanto, este nosso diálogo que se segue começa a ser frequente:

- Ó Chuchas anda cá calçar os sapatos, vamos sair.
Ele vem algo contrariado e diz de nariz empinado e meio ofendido:
- Na sou chuchas puke na tenho chucha!

E é isto por hoje. Prometo que "postarei" imagens das férias brevemente.
 


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Mudanças

Estou quaseeee a ir de férias! E durante esse período é provável que não ande muito por aqui. Afinal... férias são férias e, para mim, isso sempre foi sinónimo de cortar com o "mundo exterior", de passear, arejar a cabeça, viajar (cá dentro ou lá fora). Agora, com o pequeno, as férias/viagens já não são o que eram, é raro viajar para fora (a crise também obrigou a mais contenção) mas existem pequenas viagens cá dentro e daqui a uns dias - Algarve aí vamos nós!
Nessa altura o computador vai ter como única função a de ver filmes. De resto vou deliciar-me como sempre a ler revistas (geralmente a Marie Claire inglesa), a continuar o que já estou a ler há tempos (e que me anda a parecer infinito porque é um romance gigante) e, se conseguir, na praia vou gozar os meus almanaques do Tio Patinhas :)) (embora seja complicado porque passo a praia toda a ser solicitada para brincadeiras na areia ou a controlar as idas à água do rapaz - mesmo com o pai ao lado dele, não consigo evitar, é coisa de mãe-galinha mesmo).

Mas eu gostava mesmo era de fazer algo por mim que já ando a pensar há algum tempo. Queria voltar das férias renovada. Queria mudar o visual, o cabelo. Neste momento está castanho escuro, está na minha cor natural. Já há muito tempo que não mudo a cor. Embora goste desta, já é altura de fazer algo novo. Algo mais claro a condizer com o tempo. Vou ficar LOIRA!

Ahahaha! brincadeirinha... Nunca conseguiria ficar loira. Mas pelo menos castanho mais claro (como na fotografia), algo mais leve. Ah e talvez franja... não sei. Mas algo sairá estas férias! Promise!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Lucía e o Sexo

Hoje em conversa falei sobre este magnífico filme que descobri há uns 10 anos. O cinema espanhol tem filmes fantásticos e este não é excepção. Recomendo. E por favor passem ao lado do título meio porno-chachada e não esperem apenas maratonas de sexo (há algum... mas não é o principal). É uma história linda e comovente, com uma paisagem de cortar a respiração.

Deixo-vos 2 trailers bem diferentes. Decidam vocês se vale a pena ver ou não. E se quiserem dar feedback cá estarei (pessoalmente ou virtualmente).

http://www.youtube.com/watch?v=FqsV5tsV5D0

http://www.imdb.com/title/tt0254455/


O trabalho

O meu local de trabalho é um sítio lindo. Muito bonito mesmo. É uma empresa sediada numa bela casa de pedra, rodeada por vegetação, um lago, patos, caminhos de pedra. Um pequeno cenário digno das descrições bucólicas de Eça de Queiroz.
Somos poucos nesse sítio. Poucos mas bons. E embora todos se queixem regularmente das "fracas" condições da casa (um forno no verão, um gelo no inverno, sem ar condicionado, etc) a verdade é que sempre vi o melhor daquilo. De repente saímos da estrada, das casas, dos prédios, e estamos num pequeno paraíso verdejante. Sim as pedras à volta da casa escorregam, mas caramba... O caminho até entrarmos no trabalho é tão bonito, tão fresco, tão verde. Prefiro isso a trabalhar numa central de escritórios onde só vemos betão e vidro, e onde temos obrigatoriamente de ir a um restaurante comer porque não há uma cozinha, ou algo onde aquecer a comida. Quando fazemos uma pausa a meio da manhã não vamos para os corredores de um sítio cinzento e engravatado. Vamos para o sol (ou chuva consoante o tempo) arejar, conversar, rir ou desabafar.
A empresa mudou muito ao longo dos anos. Não sei se está pior. Está diferente. Tem tido a evolução natural que têm as empresas que crescem. E tudo tem prós e contras.
Começou como uma empresa (muito) pequena. Éramos muito poucos, mas o ambiente era fantástico. Muitas conversas engraçadas (umas parvas, outras filosóficas), muito trabalho, muita excitação e muito empenho em projetos que começavam a arrancar. Todos queríamos fazer parte do sucesso que estava a começar. E juntos criamos trabalhos fantásticos. A empresa arrancou em grande.
E com isso veio mais responsabilidade. Novas pessoas. Novos projetos. Novas ideias. Novas personalidades. Personalidades que começaram a chocar. Egos que começaram a emergir. E poderes mal geridos.
E de repente, o ambiente mudou. Começou a competição, o falar pelas costas, as preferências, as intolerâncias, o "salve-se quem puder", as invejas, os comentários sobre a chefia.
Um dia éramos todos os melhores amigos, no outro dia éramos meros colegas que tínhamos de nos suportar.
Neste momento acho que somos todos uma família. Desfuncional. Mas uma família. E uma família que tenta ultrapassar uma grande crise. A ver se nos aguentamos. Porque eu gosto muito do meu trabalho.

E cá vai o bacalhau!

E assim foi. Hoje, pela primeira vez na vida (sim, sim, já sei... shame on me), fiz um Bacalhau à Gomes de Sá. Cheguei a casa e, para variar - nada de ideias para cozinhar. É a parte que menos gosto do meu dia - o "o que vai ser o jantar?". Mas tinha bacalhau no congelador e tinha este livro (comprado há muito pouco tempo) e já tinha espreitado algumas receitas para fazer brevemente. E ficou tãoooooo bom! (juntei foi umas cenouras que deram um toque mais doce ao prato). Sinto-me uma cozinheira fabulástica!
Hihi!