Tenho em cima da minha mesa-de-cabeceira alguns livros. Um que estou a ler agora e outros que pretendo ler a seguir a esse.
O meu miúdo mais novo é quem, regra geral, me vai acordar (ou seja, tirar da cama) ao fim de semana - altura em que tento ficar o mais possível naquela ronha livre de obrigações (isto se não há o raio dos jogos ou treinos de qualquer coisa).
E é ele, mais do que qualquer outra pessoa na casa, que, curiosamente, sabe o que ando a ler. Lê o título, as punch lines, pergunta sobre o que são os livros.
Ele anda muito "fresco" e cada vez mais com respostas apuradas (e engraçadas). E ontem estavamos juntos no sofá a ver algo e a certa altura começámos a aparvalhar e a brincar. Ele estava tão parvinho que parecia maluco e então eu disse-lhe a rir:
- Olha, vai mas é para a Ala D.
E ele respondeu de modo aguçado:
- Eu vou para a Ala D, mas tu vais ser a minha Criada.
Parece uma resposta abusiva? Não é. É um trocadilho.
Explicação: o livro que ando a ler é o Ala D, um thriller passado numa instituição psiquiátrica, e o livro que pretendo ler depois é A Criada. O rapaz simplesmente estava a ser perspicaz na resposta porque sabia que eu ia perceber.
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