segunda-feira, 8 de junho de 2015

O dia do Judo

E finalmente (e ansiosamente) lá fomos ver o que tinha o nosso miúdo aprendido este ano nas suas aulas de Judo. O estacionamento estava calmo embora já cheio de carros. O interior da escola fervilhava com tendas de comida, rifas e afins, e muitos pais a conversarem entre si. Um insuflável agitava-se ao lado das tendas, com vários miúdos a saltarem animadamente. Levámos o M. ao balneário para se vestir e finalmente conhecemos o professor de Judo com quem trocámos umas palavras rápidas, para termos um feedback directo (e não através da professora normal). Uns balneários tinham meninas com patins e fitas coloridas (o cheiro a chulé dos patins é inconfundível e por segundos senti-me transportada ao pavilhão da ADO de aqui há uns anos, onde eu treinava), outros reuniam miúdos que davam murros no vazio, outros tinham miúdos com o equipamento de futebol, etc. Vestimos o M. com o seu fato branco (e cinto branco e amarelo - que ele tanto gosta de frisar dado que o ganhou à pouco tempo e significa que já aprendeu umas coisas) e deixámo-lo com o professor.
E ala para as bancadas, onde já algumas famílias se aglomeravam para verem os seus benjamins. O festival começa, com imagens projetadas e com as performances dos miúdos. O grupo de Judo avança então e eu fico em suspenso a ver o meu miúdo que ainda há pouco tempo era um bebé bolachudo e mal falava, a entrar muito solene (tudo juntamente com os outros miúdos do grupo) fazer a vénia antes de entrar no tapete, sentar-se no seu lugar, nova vénia (desta vez com as mãos apoiadas no chão) e depois a correr a ir por-se no seu lugar para fazer umas quantas demonstrações sobre como cair bem, saltos para a frente, cambalhotas e jogo de pés (tipo rasteiras). Deve ter durado 2 minutos no total a atuação dos pequenos (depois seguiu-se a dos mais velhos) mas eu fiquei embevecida. O meu bidu grande está mesmo grande. Adorei a concentração dele a fazer as coisas. No final de contas não fizeram nada de extraordinário (o professor tinha avisado que ainda era uma fase muito inicial) mas já havia coordenação, concentração, alguma exigência física e empenho. E eu, como sempre, lá fico fascinada por ver aquele ser já tão autónomo. Aquele bebé que era tão dependente, é cada vez mais independente. Faz coisas que outros lhe ensinam e começo a ver cada vez mais os traços da sua personalidade a desenvolverem-se.
É no entanto muito curioso a necessidade de aprovação e escudo do pais. Desde que entrara na parte do tapete, onde ia decorrer a atuação, o M. olhava para todos os lados a procurar-nos. Por fim lá nos encontrou e lá trocámos uns adeus e sorrisos aqui e ali. O que diferenciou de outras alturas é que em vez de se desconcentrar completamente a dizer-nos adeus a toda a hora, desta vez quando foi para "atuar" lá o fez e já não olhou mais para nós.
Estou babada. E sim, sou uma "mãe de bancada", lá estarei (sempre que puder e espero poder sempre) em todas as demonstrações ou jogos do meu filhote lindo.


M. - quase a fazer 5 anos.

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