domingo, 5 de janeiro de 2014

Sobre Nunca Desistir

O meu início de 2014 está a ser no mínimo curioso...
Após umas boas entradas e muita fé da minha parte, o meu mundo foi abalado por notícias profissionais desanimadoras e por um fraco momento de saúde. Sem pré-aviso algum, de repente fiquei com uma inflamação brutal nos músculos da garganta (ou assim me disseram). Não sei o que despoletou isso: se algum "jeito" que dei ao pescoço, se a falta de ginásio anos a fio juntamente com 8h diárias ao computador, se o stress incrível desde há 1h ano e meio sobre "o que vai acontecer à empresa". Bom o stress finalmente rebentou com o início do ano e assim rebentou o meu estado de saúde. Depois de muito choro e desespero, de muito sofrimento por nem conseguir engolir saliva (os músculos apertam ainda a minha garganta como se alguém me sufocasse), e de um enfermeiro bem disposto que me deu uma bela injeção no rabiosque e me colocou uma droguinha na veia, a verdade é que 2 dias depois não melhorei por aí além. "Tens de ter paciência, estas coisas demoram a passar", mas bolas... lá que custa custa. Ontem passei 24h quase sem comer; engolir os medicamentos era mesmo só porque tinha mesmo, mesmo de ser. Estou com fome.
Para ajudar o início de ano, irei hoje ao velório da mãe de uma amiga minha... Morreu na véspera dos anos da filha. Ninguém merece... Nem queria acreditar na notícia; ainda no outro dia estávamos todos juntos a celebrar o novo ano e agora este novo ano começa meio empenado... O que se passa?

Quanto ao trabalho... mesmo tendo ataques de choro e pensando "porquê eu?", mesmo tendo pena de mim (sei que não deveria, não é "digno"), tento olhar de frente para as coisas. Ok, aconteceu. Apesar de me terem mostrado que correria de outro modo, o jogo mudou, as pessoas de facto dizem certas coisas quando precisam de certas coisas dos outros, e agora as condições são estas. Serei cortada de todos os hábitos até agora. Sei que mal passarei qualquer tempo com a equipa que me acompanhou durante anos. Sei que me sentirei muito sozinha. Sei que terei de fazer algum esforço para acreditar que as coisas correrão bem. Sei que terei de tomar nas minhas mãos algumas tarefas se quero levar o barco para a frente. Mas também sei que, para o meu próprio bem e da minha família, não posso desistir agora.

Agora será a altura de ver o que valho numa situação complicada. Agora é altura de puxar pelos meus cartuxos. Afinal não estou (ainda) no desemprego. Afinal alguém acredita ainda em mim (se eu acredito nela já é outra história, mas talvez seja bom acreditar um bocado). I will rise above. Ninguém me dará palmadinhas nas costas e me dará apoio moral, isso sei eu. Cada um por si, salve-se quem puder. E embora eu fique triste por mais uma vez constatar que o mundo laboral é um mundo de cão, não desistirei.

E mais, não desistirei de algumas ideias que tenho, de projetos meus. Ou é agora ou nunca será.

Descobri entretanto esta conferência, esta mensagem, esta oradora fantástica, esta nadadora que não desistiu aos 60 e poucos anos (para ouvir até ao fim, é interessante):


4 comentários:

  1. Olá!
    Passei pelo que te passaste te tenho contado no meu blog.
    Fiquei desempregada na licença de maternidade do meu 3º filho. Passei as passas do Algarve mas nunca desisti.
    Já arranjei emprego e tento agora endireitar a minha vida.
    Nunca desistas!
    E vê o meu post: http://vidademulheraos40.blogspot.pt/2013/12/ultrapassar-2013.html
    Beijinhos!
    Paula

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  2. Sinto que será agora que vais mesmo mostrar todo o teu potencial, o melhor que tens em ti. Acredita :)

    Bjinhos

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  3. Obrigada Paula (e obrigada por teres passado por aqui) e obrigada T. :)

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  4. Muita força e as melhoras!! Quando o stress aperta, rebenta-nos com a saúde, mas vais ver que tudo irá ao sítio. Bjos

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