sábado, 28 de setembro de 2013

Quase de partida

Quase de partida para ir conhecer um bocadinho mais da Anne Frank. Quase de partida e numa correria para arranjar malas para os que ficam e para os que vão. A ver se consigo amanhã ter um dia relativamente calmo. A ver se ainda consigo ler mais coisas sobre o sítio por onde vou andar.
Quase de partida e já com saudades do meu bidu pequeno. Resta-me confiar e aceitar que ele vai ficar bem como sempre; resta-me rezar para que não adoeça enquanto não estou com ele (detesto não estar por perto se ele não se sente bem) :)
Vou tentar que o meu coração de mãe-galinha se acalme e saiba deixar voar uma vez mais o meu pintainho. Vou voar eu também e soltar a aventureira e viajante que há em mim.
São só uns dias. Que isto agora é assim - separar-me do meu pintainho sim, mas por pouco tempo. É bom para ele, é para mim. É bom para nós todos. Há tempo e espaço para tudo.
Até daqui a uns dias.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

O autocarro

Considero-me uma boa condutora. A sério que sim. No entanto, por alguma razão que desconheço (talvez por o meu malfadado instrutor de condução me obrigar, na altura, a estacionar e conduzir por uma Lisboa labirintica com inclinações de 70%) suo estopinhas sempre que tenho de ir com o meu carrito por ruas inclinadas. Evito, se souber que aí vêem, ruas onde tenha de meter a primeira, onde tenha de ter o carro a tremer por todos os lados do esforço, onde tenha de acelerar como se tivesse um Ferrari nas mãos... Eu acho que é uma espécie de fobia. Ou azarice minha. Embora seja boa condutora, volto a dizer (!) E goste muito de conduzir. Mas todos os bons condutores têm miaufas, certo?...
Ora um dos caminhos para minha casa, depois de ir buscar o rapaz à escola, precisamente o mais direto e prático, é mesmo assim: bem íngreme e "assustador".
Certo dia, deparei-me com um autocarro à minha frente. Subia lentamente, em esforço e a minha viatura atrás em esforço também. A meio daquilo pensei: vai chegar lá cima e vai parar, qualquer coisa assim. E eu vou ter de parar também e vou olhar para trás e vai estar um carro atrás de mim e vou ter de arrancar com força, mas o meu ponto de embraiagem não vai correr bem e vou descair o carro e não vou conseguir...e...e... e vou bater no de trás!! Quanto mais pensava nisso, mais decidida dei a volta para trás.
"Mãe, porque estás a virar?", "Errr... porque já não quero ir por ali.", "Porquê?", "Porque o outro caminho também é bom.", "Mas porque não vamos pelo outro?, "Vamos noutro dia...".
Noutro dia volto a ver o dito autocarro. Volto a virar para trás. "Mãe, vamos pelo outro caminho?", "Sim...", "Porquê?", "Porque é melhor...", "Mas o outro caminho também é bom.", "Sim também.", "No outro dia vamos por ali?", "Sim, noutro dia...".
Uf... ele não percebeu a estratégia, pensei eu.
Noutro dia ainda: o autocarro não aparece à minha frente mas, já lançada, continuo pelo outro caminho mais fácil.
"Mãe, MÃEEEEEE!", grita ele muito excitado, "Diz...", "Podes ir por ALI!! não há problema, o autocarro não está ali!!!".

Na altura, e mesmo agora, se a vergonha matasse estaria enfiada num buraco bem mortinha... Fui tão, mas tão apanhada... Pior ainda: dias depois, numa vez em que o pai o foi buscar, aprontou-se logo a contar que eu não ia por ali por causa do autocarro... Ai vida... Eu a querer manter a coisa secreta... Não durou muito.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Momentos

Sim, já sei. Provavelmente irei repetir-me, provavelmente já escrevi aqui algo parecido. Mas não faz mal. Este post é para mim. Para me lembrar daqui a uns anos como eram especiais as noites em que te deitava e me deixavas dar os mimos todos e mais alguns.

Todas as noites deito o M. Provavelmente foi um hábito/prazer que ele adquiriu pelo tempo todo que o pai passou fora a trabalhar e eu era a única disponível para essa tarefa, provavelmente porque os mimos de mãe são os mimos de mãe (costuma-se dizer que mãe há só uma e agora acho que finalmente percebo mesmo o sentido da frase).  Todas as noites, quase na penumbra e com a luz da cozinha ao fundo, dou-lhe colo à bébé sentada ao lado da cama dele, canto-lhe o Sei quem ele é (já começo a implorar para mudar a música, mas o rapaz é firme nas suas preferências...), e só depois da cantoria é que ele se deita. Depois fico semi-deitada ao lado dele e passo-lhe a mão pelo cabelo, dou-lhe mil e um beijinhos, digo-lhe que gosto muito dele, ele diz-me que também gosta de mim, damos abracinhos, e ele vai contando momentos do seu dia (adequados à sua mente de 3 anos) até que lá consigo ser "libertada" dos mimos noturnos.
Dizia eu que lhe vou fazendo festas enquanto ele parla. Geralmente está concentrado nas suas histórias, enquanto balança entre o sono e a excitação do dia. Mas no outro dia aconteceu algo mágico. Algo fantástico que não me lembro de ter acontecido antes. No outro dia ele viu o meu amor, sentiu-o e mostrou que o sentia. Não sei explicar melhor... Houve um entendimento mútuo sem precisarmos de palavras. Uma troca de olhares que disse tudo. Uma troca de olhares que me fez pensar de novo que ele está tão crescido.
Fazia eu as habituais festas, a observa-lo com uma doçura que só lhe dedico a ele, a constatar pela milésima vez que é a coisa mais fantástica que já me aconteceu, quando o senti a ficar muito molinho. Estava cansado e nesse dia a conversa durou pouco. Estava literalmente a apreciar apenas o meus beijos naquelas bochechas deliciosas. (As bochechas dos miúdos são a coisa mais deliciosa deste mundo - especialmente a dos nossos). De repente olhou para mim e sorriu. Foi tão doce esse momento... E começou a passar as mãos pela minha cara; pelo nariz, testa, bochechas, cabelo. Fez isso com um grande carinho, tal como eu lhe faço a ele. Silenciosamente disse-me eu sei que me amas mamã, sinto isso em cada festa e olhar teu, sinto o teu amor e gosto tanto tanto, e também te amo e agradeço que cuides de mim, sei que cuidas de mim.
Não sei contar melhor do que isto.
Depois abraçou-me, daqueles abraços quentinhos à volta do pescoço e disse "gosto muito de ti mamã".
Ganhei a noite, a semana. Ganhei tudo.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

11 de Setembro

E mais uma vez relembra-se esta data. Enquanto vejo mais um documentário sobre a tragédia - desta vez o "Milagre do Surfista do 11 de Setembro" no National Geographic Channel (aconselho-vos a procurarem a história, é incrível) - procuro imagens de NY no meu arquivo. Mas desta vez imagens de esperança, respeito, de recuperação de uma cidade agora menos simpática do que na altura imediata do pós 11 de Setembro (o tempo não perdoa, os anos passam, e, na minha opinião a população esqueceu-se um bocado da entre-ajuda e simpatia que sentiu serem necessárias mal houve a tragédia). De qualquer modo é uma cidade sem dúvida imparável, onde tudo acontece e nada é impossível.

O meu 11 de Setembro, na altura da tragédia, foi assim:










Relembro também a minha avó que morreu neste dia. Que estejas em paz. 
Por aqui recordamos-te sempre com muito carinho.

Férias 2013

Deixei de ser preguiçosa e aqui estão, como prometido, algumas imagens do relax, calor, água e passeios.

















Miley Miley

Pronto fofa... já chega, ok? depois de dias (ou será semanas, ando meia perdida no tempo) em que arrasaste com o pessoal nos VMA's -  mas qual é o assombro de ver uma miúda meio despida a roçar-se no seu companheiro músical? - agora andas com um hábito parvinho.
Um "à parte" - A Madonna e muitas outras já fizeram isso meus caros. Ela é apenas mais uma com a desculpa de "descobri finalmente que sou uma mulher sexy, e não uma menina, já fiz 18 anos e posso fazer o que quiser, e vou chocar-vos com o que puder". Então porquê o choque?
Onde ia eu? hábito parvinho pois. Vá... enough is enough com essa coisa da língua. Isso sim já me mexe com os nervos. Já todos sabemos que és girinha e queres brincar ao "ser rebelde". Mas agora é só fotos parvas? Eu que até te achava uma miúda fixarolas... Agora andas meio parvinha. São fases. Há de passar (depressa please).

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Novos diálogos...

... porque já é um "crescido".
Muitos nomes "fofinhos" tenho, nestes 3 anos, chamado ao M., e volta e meia um dos que me sai é o Chuchinhas ou Chuchas (por causa do uso - agora menos constante - da chucha).
Ultimamente, no entanto, este nosso diálogo que se segue começa a ser frequente:

- Ó Chuchas anda cá calçar os sapatos, vamos sair.
Ele vem algo contrariado e diz de nariz empinado e meio ofendido:
- Na sou chuchas puke na tenho chucha!

E é isto por hoje. Prometo que "postarei" imagens das férias brevemente.