sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Adopção por casais gay

"A Assembleia da República chumbou hoje os projectos do BE e Verdes que possibilitavam a adopção por casais gay. Os partidos deram liberdade de voto por se tratar de uma matéria de consciência mas a maioria dos deputados acabou por votar contra.
PSD, CDS, PCP e nove deputados do PS votaram contra. Apesar disso, BE, Verdes e a maioria dos deputados do PS (38) votaram favoravelmente. Bem como nove deputados do PSD, entre os quais os vice-presidentes da bancada, Teresa Leal Coelho, Miguel Frasquilho e Francisca Almeida, e um deputado do CDS, Adolfo Mesquita Nunes. Houve ainda quinze abstenções, entre as quais do líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho.
O PSD justificou a sua posição com o facto de a impossibilidade legal de adoptar assentar " na convicção de que será melhor para o interesse da criança se seguir um pai e uma mãe".
Para o CDS, que votou contra sem “surpresa”, a adopção por casais gays trata-se de insistir no “erro original” que foi a aprovação do casamento entre pessoas do mesmo sexo. O deputado centrista, Telmo Correia, disse ter “muitas dúvidas” se se devia “alterar o modelo de família tal como a sociedade o conhece”. E invocou a “natureza” e o “criador” para contrariar “experimentalismos sociais”.
Já PS e PCP consideraram que esta questão precisa de ser mais debatida na sociedade. “A questão que colocamos não é a da igualdade de os casais gay terem os mesmos direitos que os casais heterossexuais. A questão está na criança, saber de facto qual o melhor interesse da criança”, justificou a deputada socialista, Isabel Oneto. Também o líder parlamentar comunista, Bernardino Soares, considerou que não estão “criadas as condições para uma alteração da lei”. “Continuamos a não ter esta questão suficientemente debatida e sedimentada na sociedade”, afirmou.
BE e Verdes ficaram isolados na defesa da adopção por casais gay. A deputada bloquista, Cecília Honório, avisou que o BE vai levar este debate “até ao fim”. “Enquanto uma discriminação injustificada e infundamentada não for corrigida é evidente que o país continua a viver com factor de atraso e a democracia não é plena”, referiu. Já a deputada do partido “Os Verdes”, Heloísa Apolónia, desafiou os partidos a debaterem a questão, mostrando-se convicta que mais cedo ou mais tarde a adopção por casais gay acabará por ser aprovada."

 
Estas notícias tiram-me do sério...
Portanto, só para eu ficar esclarecida: é melhor uma criança ficar num orfanato e ser "mais uma" sem afecto, mimos, cuidados e educação, do que ter duas pessoas que lhe querem muito proporcionar isso.
Ah ...e quanto à influência gay, é só lembrar que todas as pessoas com essa orientação sexual vêm de lares de casais heterosexuais...
Pessoal - cresçam e apareçam. Dêm uma oportunidade às crianças menos priveligiadas... nem para toda a gente um lar é uma coisa garantida...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Antes de me deitar

...todos os dias vou espreitar uma ou duas vezes o meu bonequinho. (já sei...boring... lá venho eu com a conversa do filho... não me calo com isto) Mas vê-lo a dormir dá-me uma sensação tão grande de paz. Por uns momentos esqueço tudo. Por uns momentos sinto um amor infinito, um orgulho infinito, a sensação de que fiz algo Bem, algo que é tão lindo e tão sereno. Podia ficar horas a fio a vê-lo a dormir. Aquela boquinha meio aberta (a chucha já de lado caída) entre umas bochechas bolachudas... dá-me vontade de lhe dar uma trinca amorosa de tão bom que é. E chorar de emoção, por a vida me ter dado a felicidade de ser mãe, de saber o que isso é.
Claro que depois no dia seguinte de manhã a sensação de paz é substítuída por sensação de fúria infinita (lol)por a criatura andar armada em parva e cuspir o antibiótico que está a tomar, e sujar-me a mim, a ele, à cadeira, ao chão. Eu em stress porque tenho de sair e temos de ficar os 2 prontos.
Mas faz parte, à noite anjinho de dia diabinho teimoso...
:P

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A canção do barquinho

Ontem à noite fui deitar o M. como é costume. Para não variar tento não o excitar com alguma brincadeira e levo-o calmamente para o quarto - que já está às escuras só com uma luz de presença - e vou repetindo: soninho, tens muito soninho não tens?
Agora volta e meia ele responde: Nãoo
LOL
Mas eu sou persistente e volto aos beijinhos e ao soninho etc.
Mas ultimamente o rapazolas está mais crescido e não se quer deitar. Esperneia ao meu colo, aponta para a porta, quer trepar por mim acima, tudo para não ir para a cama. (começa cedo...)
Ontem já estava novamente com isso e eu a pensar: oh não... vai haver filme outra vez... vou ter de te deixar na cama a chorar um bocado... Mas depois pensei em tentar outra coisa. Comecei a cantar que o meu pai me cantava quando eu era pequena e comecei a aprender a contar. É a "canção do barquinho":

Era uma vez um barquinho pequenino
Que andava, que andava a navegar
Passaram-se uma, duas, três quatro, cinco, seis (e por aí adiante até onde se quiser)
semanas
E o barquinho, e o barquinho sem chegar!

Cantei baixinho, umas três vezes, a embalar suavemente. Ele lá apoiou a cabeça no meu ombro, suspirou e passado 1 minutos já estava a agitar-se impaciente (o sinal de que quer sair do colo e deitar). Deitei-o logo e lá ficou calminho a dormir.
Foi um momento bom.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Nesta vida achamos sempre que nunca vamos fazer isto e aquilo, que não comemos isto, não tocamos naquilo, seja por esquisitice seja pelo que for. Achamos que há limites para a decência. Quando se tem filhos esse limites desvanecem-se e o que é melhor... ainda achamos piada e gostamos de contar.

Ontem aconteceu um episódio caricato que nunca me tinha acontecido.
Fui buscar o M. à creche e quando cheguei a casa estava mortinha, MORTINHA por ir à casa-de-banho. Mesmo! O rapaz, para não variar, ao fim do dia começa a ficar carente e chatinho e só quer colo e choraminga se não lho damos. Mas nesse momento eu não podia dar colo!! Só queria ir rapidamente ao WC e, com ele literalmente agarrado à minha perna e chorar baba e ranho, lá me arrastei para a sanita. Demorei uns minutos a conseguir sentar-me dado que o drama era... dramático LOL Quando finalmente consegui começar a fazer o que ia fazer ele continuava desesperadamente a querer subir para colo. Raios! Peguei num livro com receitas para crianças que tinha ali para ir dando uma olhadela. Ele ficou interessado nos desenhos! Iupiiiiiiiii pensei, Vais desistir do colo enquanto te mostro os desenhos (já nem falo na privacidade de estar sozinha no WC, isso quando estou sozinha com o M. acabou lol). Mas Naaaaaaaa.... O rapaz queria ver os desenhos do livro sim e que eu o folheasse... mas com ele ao colo. Ele não ia ceder como percebi a certa altura. Tinha de haver colo e livro JÁ!

Conclusão: pela primeira vez aquela sanita teve 2 pessoas sentadas ao mesmo tempo a ler um livro. Porque colinho é colinho e o mimo de nos lerem um livro é urgente e importante. Seja onde for!
Hihihihi